Venho discutindo amplamente o planejamento, por si só falho, do futebol do Sport. Hoje, porém, decidi direcionar meu olhar para os poucos dias de António Oliveira à frente da equipe. Infelizmente, suas ações iniciais indicam um caminho bastante preocupante. Duas derrotas, marcadas por erros absurdos, como escalações questionáveis e a insistência em manter atletas que não têm contribuído em nada, refletem uma falta de reação, visível em sua postura no banco de reservas. O que se vê, à primeira vista, parece mais típico de um treinador inexperiente do que de um profissional com princípios consolidados. É válido lembrar que a carreira de Oliveira é curta, e desde julho do ano passado se encontrava sem clube. Questiona-se: por que optar por um técnico fora da ativa há tanto tempo? Após a derrota para o Ceará, suas justificativas na coletiva foram, no mínimo, desconcertantes. Ao mencionar a escolha de manter três zagueiros, tentou estabelecer uma comparação com Xabi Alonso, um dos grandes nomes da atualidade, que, vale frisar, conta com jogadores de qualidade diferenciada para implementar tal estratégia. Nas justificativas, a responsabilidade pelas falhas foi transferida para a diretoria e seu compatriota, Pepa, o que, ao menos, representa uma verdade inegável. Contudo, quando uma derrota se torna o resultado direto de erros individuais, é fundamental que o comandante assuma sua parcela de culpa. Nos jogos contra Cruzeiro e Ceará, o time foi simplesmente dominado. Pela frente Internacional, na Ilha, seguido por Mirassol, em São Paulo. Se a aposta em António Oliveira se revela equivocada, o que a diretoria deve fazer? Manter o treinador ou promover César Lucena à função?

Novo ambiente
No Náutico, Hélio dos Anjos conseguiu transformar um ambiente que, para qualquer outro treinador, seria um desafio considerável. Apesar de um elenco com limitações e várias ausências, ele revitalizou o Timbu, proporcionando uma nova identidade ao time. O recente triunfo por 4x0 sobre o Ypiranga reacende as esperanças para a Série C e, mais ainda, para o duelo iminente contra o São Paulo, na Copa do Brasil. Isso demonstra claramente como a liderança de um bom treinador pode fazer toda a diferença no desempenho de uma equipe.

Segue o líder
O torcedor do Santa Cruz vive o paraíso. Venceu o Central, em Caruaru, e segue saboreando a liderança do grupo na Série D. O gramado do Luiz Lacerda não permitiu um bom jogo. As apostas eram lançamentos longos. E foi em um destes passes, de Gabriel Galhardo, que Geovany abriu o marcado, aos 39. O Santa Cruz voltou para o segundo tempo pressionando e saiu o segundo gol, com Thiaguinho. Só que logo depois, o Central diminui, com Kauê. E o jogo, que poderia ter ficado fácil, foi na base da emoção até o fim. O time de Marcelo Cabo mostrou resiliência, segurando o placar, com uma vitória importante da equipe neste Brasileiro.