Presidente Bruno Becker ainda não se pronunciou sobre a ação dos conselheiros

Se dentro de campo o Náutico trabalha para tentar entrar no G8 da Série C, fora das quatros linhas o clube segue com os bastidores pegando fogo. Um requerimento solicitando uma Assembleia Extraordinária foi protocolado no Deliberativo por 70 conselheiros.

A sessão seria realizada no dia 1º de julho, com o objetivo de apreciar o ato do presidente do Executivo Bruno Becker de destinar parte do dinheiro (R$ 1,6 milhão) da multa contratual restante do Grupo Matheus (R$ 3 milhões) como fluxo de caixa para o futebol. A verba, referente à desistência do grupo varejista de investir no CT do clube, deveria ser usada para a Recuperação Judicial. O valor total foi de R$ 4,2 milhões, mas R$ 1,2 milhão já foi utilizado em melhorias do próprio CT. 

Os conselheiros vão se reunir de forma extraordinária na próxima quarta-feira (25) para deliberar sobre o novo contrato com Futebolcard, responsável pelo serviço de ingressos do clube. Na ocasião deverá ocorrer um posicionamento sobre o requerimento do caso do Grupo Matheus. A mesa diretoria vai dizer se acata o pedido ou não ou até negociar uma nova data para apreciar o pedido.    
Caso a pauta seja acatada, um processo administrativo contra o mandatário alvirrubro poderá ser aberto, podendo resultar em uma advertência ou até, de forma mais extrema, em um  afastamento de Becker. 

“Não há nada de política nesse requerimento. O que ocorre é que o Conselho, como um todo, está muito preocupado com o rumo do processo de Recuperação Judicial. O que nós tínhamos como tranquilizador era justamente essa verba do Grupo Matheus, que havia sido destinada, por decisão do Conselho, que os valores seriam empregados 100% na RJ. Nós não queremos impeachment de ninguém, nós não estamos fazendo política de absolutamente nada. Longe da gente inviabilizar o clube”,  disse o conselheiro Pablo Vitório, em entrevista à Rádio Jornal. Bruno Becker ainda não se pronunciou sobre o caso. (Da Redação).