Clima ficou pesado ontem no CT do Sport e jogo contra o Botafogo virou de risco

O Centro de Treinamento do Sport, em Paratibe, foi local de cenas deploráveis ontem à tarde.  Membros da principal Torcida Organizada do clube invadiram o CT para cobrar reação do time, que está na lanterna do Campeonato Brasileiro. O tom foi de fortes ameaças e o atacante Pablo chegou a levar um tapa e um puxão na camisa, durante a manifestação.  

Os jogadores estavam se preparando para as sessões de treino para o jogo de domingo (20), contra o Botafogo, na Ilha do Retiro, quando se depararam com os integrantes da torcida organizada no local. O elenco e o técnico Daniel Paulista, totalmente constrangidos, ouviram as cobranças e ameaças.

“Conversa uma, duas, três vezes e não resolve nada. A gente quer saber o que está acontecendo ou vai parar o clube pela vergonha que a gente está passando. A diretoria errou no planejamento, mas estamos sendo chacota para todo mundo. Desta vez vocês não vão jogar só por jogar não, pois vamos atormentar a vida de vocês”, disse um membro da Organizada, que tomou a frente na situação.

Em dado momento, o mesmo integrante diz “que aqui todo mundo tem antecedente criminal”, se vira para o atacante Pablo e o intimida com as palavras “joga bola”, pegando com força na camisa do jogador.  

Do elenco, o zagueiro Chico se pronunciou e tentou conversar com os membros da Organizada. Cria da base, o zagueiro deu seu depoimento sobre a fase do clube.

“A gente está lá dentro do campo, vocês têm todo direito de estar aqui, todo o direito de cobrar. Eu já tenho uma história no clube de muito tempo, não é de hoje. Tenho esse sentimento dentro de campo, eu sinto o que vocês sentem dentro de campo. E eu fico indignado muitas vezes com os caras que a gente tenta passar o que é o clube “, falou Chico.

Com apenas dois jogos sob o comando do time, as cobranças também atingiram Daniel Paulista. O comandante rubro-negro ouviu sobre a necessidade de mudança no time para o jogo contra o Botafogo. “Vamos mudar isso para domingo, a gente não tem mais nem cara para olhar para esses caras (jogadores)”, disse o mesmo. Até o jovem da base Zé Lucas escutou  as reivindicações.  (Da Redação).