Publicação: 24/07/2014 03:00
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Silvânia e seu filho Lian: "Não tenho condições de colocá-los numa escola particular" |
A prefeitura garante que mais de 90% das escolas estão funcionando. No entanto, o Diario encontrou várias unidades de ensino fechadas. Na Macaxeira, a Escola Nadir Colaço estava vazia. Por causa da paralisação, os filhos da dona de casa Silvânia Lopes, 36, estão sem estudar. “Não tenho condições de colocá-los numa escola particular”, lamenta. No Córrego do Jenipapo, a dona de casa Ana Paula Gomes, 38, coloca as filhas para estudarem em casa. “Preciso manter o estímulo das meninas. A categoria tem o direito de lutar, mas não dá para negar o prejuízo”, afirmou a mãe de Ana Clara, 5, e Maria Beatriz, 9.
Paralisados desde o dia 15, os professores pedem a implantação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração; o fim do corte dos dias não trabalhados e o pagamento imediato da aula-atividade. A PCR garante que o reajuste de 8,32% foi dado e a aula-atividade é paga desde janeiro, mas que os docentes podem optar pelo abono salarial. O Tribunal de Justiça de Pernambuco decretou, no dia 15, a ilegalidade da greve e estipulou multa de R$ 100 mil diários em caso de descumprimento. O valor já chega a R$ 900 mil.