Motoristas, fiscais e cobradores de ônibus voltaram a rejeitar as propostas dos empresários e do Ministério Público do Trabalho (MPT) e decretaram ontem estado de greve. A categoria ameaça parar a partir da 0h da próxima segunda-feira, caso não haja acordo.

Às 14h de hoje, numa nova audiência, o presidente (eleito, mas não empossado) do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Pernambuco, Benilson Custódio, vai oficializar junto ao MPT a rejeição às duas propostas apresentadas em audiências realizadas anteriormente.

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana/PE) oferece um reajuste linear de 5% sobre o salário e tíquete de alimentação, além da regularização do banco de horas e da garantia de intervalo intrajornadas de até quatro horas, com pagamento de um terço da hora normal, mais a manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de 2013. O MPT sugere aumento linear de 10% nos salários e no tíquete, e a manutenção das cláusulas sociais para motoristas, cobradores e fiscais.

A categoria concorda com o ajuste salarial de 10%, mas espera um aumento maior para o vale-alimentação, que atualmente é de R$ 5,60 por dia. O salário atual dos motoristas é de R$ 1.605 e dos cobradores, R$ 738,30. Os fiscais recebem R$ 1.037. Em julho de 2013, uma greve de uma semana causou grandes transtornos na Região Metropolitana do Recife.