Agonia sem fim na Conde da Boa Vista
Quem passa pela principal avenida do Centro do Recife reclama da quantidade de ambulantes instalados na via
Publicação: 10/12/2014 03:00
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Barracas armadas nas calçadas dificultam a passagemde pedestres e contribuempara o aumento da sujeira |
É o caso de Anderson Felipe Rodrigues, que frequenta a avenida todos os dias. “Percebi que o número de comerciantes está maior desde o início do mês. Realmente atrapalha quem passa por aqui e, quem está apressado como eu, precisa passar por trás das barracas e invadir a pista”, disse. “Mas esse é um problema que já existe há muito tempo.”
A área ocupada pelos ambulantes tem as paradas de ônibus mais utilizadas da avenida. São 82 linhas de transporte coletivo. As pessoas que passam pelo local diariamente se espremem entre as saídas das lojas e as barracas. Outras, impossibilitadas de utilizar a calçada, caminham sobre a pista, na faixa estreita reservada para carros e motos.
Apesar do incômodo, os pedestres reconhecem que os ambulantes precisam de um local para realizar o comércio. “Realmente atrapalha o caminho, mas precisamos ver pelo lado deles. Estão trabalhando e não podem ser privados disso”, afirmou Ana Paula Barbosa, que passa pela via diariamente.
Terrenos
Em nota, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano informou que cinco terrenos foram adquiridos para abrigar os comerciantes cadastrados, sendo um na Rua Sete de Setembro, dois na Rua da Saudade, um na Rua do Riachuelo e um na Rua da Penha. Outro, no Giriquiti, está em fase de desapropriação.
A previsão é de que os cadastrados sejam realocados em 2015. Enquanto isso, eles podem atuar em locais previamente acordados com a pasta. A nota disse ainda que fiscais realizam vistorias para notificar os comerciantes não cadastrados. Posteriormente, os equipamentos podem ser apreendidos.
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