Obra da Via Parque começa em janeiro Novo trecho da Avenida Beira Rio, que foi rebatizado, dará vida a área com pouco uso hoje no bairro das Graças

aROSÁLIA VASCONCELOS
rosaliavasconcelos.pe@dabr.com.br

Publicação: 20/06/2015 03:00

Nova via de 1km será uma ligação de mão única e baixa velocidade entre as pontes da Capunga e da Torre (BLENDA SOUTO MAIOR/DP/D.A PRESS)
Nova via de 1km será uma ligação de mão única e baixa velocidade entre as pontes da Capunga e da Torre
Onovo trecho da Avenida Beira Rio, que foi rebatizado de Via Parque, vai sair do papel após seis anos de discussões. A via de pista única irá da Ponte da Capunga à Ponte da Torre e dará vida a uma área hoje com pouco uso nas Graças. O início das obras está previsto para janeiro de 2016. O projeto, aprovado pelos moradores do bairro em reunião na quinta-feira, foi elaborado pela equipe do Parque Capibaribe e prevê via de baixa velocidade para carros, ciclovia, passeio público com mobiliário urbano, deque, mirante, passarela por cima do rio e uma ponte para pedestres.

A equipe do Parque Capibaribe terá agora 90 dias para concluir o projeto básico e entregá-lo à prefeitura. “Quando recebermos o documento, daremos entrada na Caixa Econômica para análise técnica. Acredito que não haverá demora porque a Caixa já havia aprovado o projeto anterior, que será substituído”, disse o secretário executivo de unidades protegidas da Secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Romero Pereira. O contrato com a empresa que executará a obra tem que ser assinado até o dia 30 de dezembro, sob pena de se perderem os recursos já liberados pela Caixa desde junho de 2014. A obra vai custar R$ 57,5 milhões e será financiada pelo PAC Mobilidade.
A abertura da via será o primeiro trecho do Parque Capibaribe. As áreas que hoje são usadas como estacionamento pela iniciativa privada terão que ser desocupadas.

“A passarela que será implantada por cima do Capibaribe não agredirá o rio. Foi uma solução extrema que encontramos porque os edifícios foram construídos dentro do rio. Agora a gente espera que os prédios troquem os muros por grades para tornar o ambiente menos inóspito”, frisou o coordenador do Parque Capibaribe, Luiz Vieira. O projeto evitou a derrubada de dois casarões antigos.

Segundo a presidente da associação de moradores Por Amor às Graças, Fernanda Costa, o projeto é interessante porque respeita o rio e prioriza as pessoas. Cerca de 75 moradores participaram da reunião de quinta-feira. O projeto anterior previa quatro vias expressas entre a Ponte da Torre e da Capunga. Em maio de 2014, o trecho foi incorporado ao Parque Capibaribe.

Em nota, a Uninassau afirmou que o terreno onde funciona o estacionamento do Bloco C - inserido na área que receberá o projeto - é propriedade particular, mas reforçou seu compromisso em respeitar e colaborar com projetos que visem a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.