Publicação: 21/03/2016 03:00
Treze anos depois, o rei D. Sebastião foi à guerra. Ele queria barrar o avanço dos turcos no noroeste da África, além de exaltar a glória do cristianismo, de Portugal e a sua própria, naturalmente. “O Desejado” organizou um exército de vinte mil homens, que custou uma fortuna aos cofres lusitanos, mas acabou derrotado e morto na bata-lha de Alcácer-Quibir (“grande fortaleza”, em árabe). Nela também morreram dois sultões marroquinos, o aliado Mulei Mohamed e o inimigo Mulei Moluco, sendo por isso chamada, por lá, de “Batalha dos Três Reis”.
Já famoso pelo desempenho no mar, Jorge de Albuquerque também se destacou nas areias africanas. Segundo a lenda, o rei perdera o cavalo no meio da luta. Então, o pernambucano lhe cedera o seu, e, mesmo a pé, seguira pelejando. Ferido e aprisionado, ele seria adiante resgatado, à custa de muita prata; tornando-se, ainda, o terceiro donatário de Pernambuco, após a morte no cativeiro do seu irmão Duarte.
Contudo, devido aos ferimentos nas pernas, não conseguiria mais andar. E, talvez por isso, nunca mais retornaria à sua terra. Jorge casaria com D. Ana de Redondo, com quem teria dois filhos, Duarte e Matias, e morreria em Portugal. Um reino que, além da perda dos seus melhores homens e dos prejuízos financeiros sofridos com a guerra na África, também ficara sem rei, pois D. Sebastião não deixara vestígios nem herdeiros.
Por conta disso, a coroa lusitana acabaria parando na cabeça do seu parente mais próximo, o espanhol Felipe II. E, na sequência, os holandeses, em guerra com a Espanha desde 1568, invadiriam Pernambuco, em 1630.
Um episódio que veremos seguir, ao tratarmos de Matias de Albuquerque, filho de Jorge, encarregado de defender a capitania do ataque flamengo.
Já famoso pelo desempenho no mar, Jorge de Albuquerque também se destacou nas areias africanas. Segundo a lenda, o rei perdera o cavalo no meio da luta. Então, o pernambucano lhe cedera o seu, e, mesmo a pé, seguira pelejando. Ferido e aprisionado, ele seria adiante resgatado, à custa de muita prata; tornando-se, ainda, o terceiro donatário de Pernambuco, após a morte no cativeiro do seu irmão Duarte.
Contudo, devido aos ferimentos nas pernas, não conseguiria mais andar. E, talvez por isso, nunca mais retornaria à sua terra. Jorge casaria com D. Ana de Redondo, com quem teria dois filhos, Duarte e Matias, e morreria em Portugal. Um reino que, além da perda dos seus melhores homens e dos prejuízos financeiros sofridos com a guerra na África, também ficara sem rei, pois D. Sebastião não deixara vestígios nem herdeiros.
Por conta disso, a coroa lusitana acabaria parando na cabeça do seu parente mais próximo, o espanhol Felipe II. E, na sequência, os holandeses, em guerra com a Espanha desde 1568, invadiriam Pernambuco, em 1630.
Um episódio que veremos seguir, ao tratarmos de Matias de Albuquerque, filho de Jorge, encarregado de defender a capitania do ataque flamengo.
Saiba mais...
Jorge de Albuquerque, um pernambucano em Alcácer-Quibir