Quando o luto ganha vida
Das carpideiras aos textos nas redes sociais, relação das pessoas com a morte está em constante mutação
Wagner Oliveira | wagner.oliveira@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 29/10/2016 09:00
Embora muita gente não goste de conversar sobre a morte, ela estará sempre presente em nossas vidas. Há quem não suporte nem ouvir falar em enterros e cemitérios. Isso, até a partida de um parente ou amigo muito próximo. Até pouco tempo, quando morria um membro da família, em muitas casas o luto era total. As viúvas vestiam roupas de cor preta por um longo período. Os corpos, em cidades do interior ou nas mais distantes dos grandes centros, eram velados em casa e levados pelas ruas em cortejos até o cemitério.
Nos imóveis, televisões e aparelhos de som eram cobertos por panos durante alguns dias. Nesse cenário, havia espaço ainda para as carpideiras. Essas mulheres tinham a função, através de pagamento em dinheiro, de chorar diante dos defuntos que estavam sendo velados, muitas vezes sem nem conhecê-los.
Quase todas essas tradições foram perdidas ao longo dos anos. com a proximidade do Dia de Finados, o Diario mergulhou nesse universo e trouxe um retrato da relação do pernambucano com a morte. Segundo psicólogas especialistas em luto, muitas pessoas atualmente escolhem as redes sociais para prestar homenagens aos parentes mortos.
“É muito gratificante para a pessoa mostrar que seu familiar não foi esquecido. Essa homenagem serve para manter a memória do falecido presente, o que é bem importante para os enlutados de forma geral”, explica a psicóloga do luto do Morada da Paz, Mariana Simonetti. Apesar dessa mudança proporcionada pela tecnologia, ainda há quem prefira homenagear seus mortos nos cemitérios ou nos locais onde jogaram suas cinzas, nos casos de cremações. A aposentada Angelita Laura da Silva, 54 anos, antecipou a arrumação da sepultura do marido. “Estou colocando essas flores para ficar mais bonito. E no Dia de Finados estarei aqui novamente.”
Como quase tudo hoje em dia, morrer também custa caro. Famílias que não são usuárias de planos de assistência funerária, que têm mensalidades a partir de R$ 14 com cobertura para vários parentes, precisam desembolsar altos valores no momento da morte de um ente querido. É possível encontrar caixões que variam de R$ 950 a R$ 15 mil. Muitas casas funerárias oferecem serviços completos, desde a venda do caixão até o momento do sepultamento.
Como velórios e despedidas são momentos sempre difíceis para quem perdeu uma pessoa muito próxima, existem grupos católicos formados com o objetivo de tornar essa hora mais amena. Em Jaboatão dos Guararapes, os integrantes do Ministério de Exéquias da Paróquia de Santo Amaro costumam acompanhar os velórios de falecidos do Centro de Jaboatão, onde fazem orações e levam palavras de conforto para os familiares que estão se despedindo de um dos seus membros.
Programação para celebrar Finados
Santo Amaro
Terça-feira (1/11)
Missas: 10h | 16h
Recitação do Terço: 9h
Quarta-feira (2/11)
Missas: 7h | 10h | 12h | 14h | 16h
Recitação do Terço: 8h30 | 14h30
Atividades religiosas (Estaca Recife Brasil): 8h às 12h
Várzea
Quarta-feira (2/11)
Trabalho de evangelização (Estaca Recife Caxangá):
8h às 16h
Nos imóveis, televisões e aparelhos de som eram cobertos por panos durante alguns dias. Nesse cenário, havia espaço ainda para as carpideiras. Essas mulheres tinham a função, através de pagamento em dinheiro, de chorar diante dos defuntos que estavam sendo velados, muitas vezes sem nem conhecê-los.
Quase todas essas tradições foram perdidas ao longo dos anos. com a proximidade do Dia de Finados, o Diario mergulhou nesse universo e trouxe um retrato da relação do pernambucano com a morte. Segundo psicólogas especialistas em luto, muitas pessoas atualmente escolhem as redes sociais para prestar homenagens aos parentes mortos.
“É muito gratificante para a pessoa mostrar que seu familiar não foi esquecido. Essa homenagem serve para manter a memória do falecido presente, o que é bem importante para os enlutados de forma geral”, explica a psicóloga do luto do Morada da Paz, Mariana Simonetti. Apesar dessa mudança proporcionada pela tecnologia, ainda há quem prefira homenagear seus mortos nos cemitérios ou nos locais onde jogaram suas cinzas, nos casos de cremações. A aposentada Angelita Laura da Silva, 54 anos, antecipou a arrumação da sepultura do marido. “Estou colocando essas flores para ficar mais bonito. E no Dia de Finados estarei aqui novamente.”
Como quase tudo hoje em dia, morrer também custa caro. Famílias que não são usuárias de planos de assistência funerária, que têm mensalidades a partir de R$ 14 com cobertura para vários parentes, precisam desembolsar altos valores no momento da morte de um ente querido. É possível encontrar caixões que variam de R$ 950 a R$ 15 mil. Muitas casas funerárias oferecem serviços completos, desde a venda do caixão até o momento do sepultamento.
Como velórios e despedidas são momentos sempre difíceis para quem perdeu uma pessoa muito próxima, existem grupos católicos formados com o objetivo de tornar essa hora mais amena. Em Jaboatão dos Guararapes, os integrantes do Ministério de Exéquias da Paróquia de Santo Amaro costumam acompanhar os velórios de falecidos do Centro de Jaboatão, onde fazem orações e levam palavras de conforto para os familiares que estão se despedindo de um dos seus membros.
Programação para celebrar Finados
Santo Amaro
Terça-feira (1/11)
Missas: 10h | 16h
Recitação do Terço: 9h
Quarta-feira (2/11)
Missas: 7h | 10h | 12h | 14h | 16h
Recitação do Terço: 8h30 | 14h30
Atividades religiosas (Estaca Recife Brasil): 8h às 12h
Várzea
Quarta-feira (2/11)
Trabalho de evangelização (Estaca Recife Caxangá):
8h às 16h