Personal organizer é suspeita de furtar objetos Segundo a polícia, representante da empresa Bye Bye Bagunça levou roupas e bolsa de cliente

Publicação: 23/12/2016 03:00

Uma personal organizer que frequentava apartamentos de classe alta do Recife foi indiciada por furto qualificado depois de levar objetos de valor dos lares de seus clientes. Um inquérito policial conduzido pela Delegacia de Boa Viagem concluiu que Nathaliê Menezes Maciel, que trabalhava para a empresa de organização de objetos pessoais Bye Bye Bagunça, se aproveitava da ausência dos contratantes para furtar vestidos, acessórios, joias e até uma bolsa da grife italiana Prada no valor de R$ 15 mil.

A investigação policial foi concluída no último dia 6 e encaminhada ao Ministério Público, que pode oferecer a denúncia à Justiça ou não. O fato só veio à tona depois que a funcionária pública Helena Martins postou em seu perfil pessoal no Facebook um relato onde se dizia mais uma vítima da empresa.

De acordo com a postagem, Helena pagou R$ 4 mil pelo serviço. O trabalho durou três semanas. “Era véspera do meu casamento e, às voltas com os preparativos da festa e minha rotina de trabalho, creditei aos préstimos da Bye Bye Bagunça Personal Organizer a missão de fazer o que eu não tinha tempo: encontrar espaço em meu já apertado armário para acomodar as roupas do meu marido, que viria morar comigo.”

Helena começou a sentir falta dos pertences pouco depois do término da organização. “Já na arrumação da mala para a lua de mel, não encontrava bolsa, vestidos, saias, coisas que sempre estiveram fáceis.” A denúncia foi registrada na Delegacia do Cordeiro. Segundo Helena, a polícia encontrou alguns de seus pertences, como um vestido preto e azul. A mesma peça aparece na foto da terceira via da carteira de identidade de Nathaliê.

De acordo com o delegado Carlos Couto, titular da Delegacia de Boa Viagem, que investigou outro caso relacionado à empresa, Nathaliê alegou, em depoimento à polícia, que os objetos levados das casas dos clientes eram para descarte. Sobre o caso que investigou, ocorrido em Boa Viagem, o delegado informou que conseguiu recuperar, com a ajuda da proprietária da Bye Bye Bagunça, a bolsa Prada e um colar de ouro.

“Nas investigações, concluímos que a funcionária Nathaliê subtraiu os objetos da cliente sem autorização da empresa”, informou. Nathaliê foi indiciada por furto qualificado e abuso de confiança.

Sobre as acusações feitas por Helena Martins, a empresária Dulce Lucena e Mello, proprietária da Bye Bye Bagunça e ex-sogra de Nathaliê, se pronunciou por nota. “A empresária Dulce Lucena e Mello foi pessoalmente à casa da funcionária Nathaliê Menezes, em Olinda, acompanhada de duas testemunhas, verificar se as peças furtadas de outra cliente estavam lá. Constatado que várias peças estavam na casa da funcionária, as mesmas foram resgatadas e devolvidas à cliente”, informou.

A empresa ressaltou que o contrato de serviço prevê que os clientes retirem para local seguro itens como joias, moedas estrangeiras, selos, armas e objetos de estima pessoal. “Quando os serviços têm início, a empresa pressupõe que tais itens tenham sidos retirados do ambiente de trabalho”, afirmou. “Dulce Lucena e Mello não tem nenhuma ação penal materializada contra ela até data de hoje”, completou o comunicado oficial da Bye Bye Bagunça.