Entre áreas verdes, casario e frevo no pé
Pernambucanos indicam seus locais preferidos para relaxar, aproveitar a cultura local e até preparar-se para este carnaval com aulas gratuitas
Publicação: 07/01/2017 03:00
Um microcosmo da diversidade recifense
O Parque Dona Lindu simboliza a diversidade cultural do Recife. É assim que o fotógrafo uruguaio Marcelo Guimarães, que vive há 25 anos no Brasil, vê o espaço público da Zona Sul. Marcelo escolheu, há 10 anos, viver na capital pernambucana. Por dois motivos: “aqui não tem inverno” e “é a cidade com a maior diversidade cultural do país”. De frente para o mar, ele destaca a efervescência de expressões no parque.
De um lado, a Galeria Janete Costa oferece obras de arte. Neste mês, é possível visitar a exposição O invisível notável: 20 anos depois - Galo de Souza, em cartaz até 5 de março. No outro extremo, o Teatro Luiz Mendonça é palco de apresentações. “Vejo esse espaço como um lugar que representa a riqueza do Recife. Aqui você tem crianças de bicicleta, adultos fazendo exercícios ou dançando, jovens jogando bola. Encontra também as exposições de arte, apresentações de música”, afirma.
Atualmente, o Dona Lindu tem problemas de manutenção, como brinquedos quebrados. A Emlurb respondeu que seis funcionários trabalham diariamente na jardinagem, varrição, coleta e limpeza geral. “A manutenção é realizada periodicamente, mas os equipamentos sofrem com mau uso e depredação”, informou nota. Os técnicos da empresa deram início a um levantamento dos serviços de manutenção necessários para programar a execução.
SERVIÇO
Parque Dona Lindu
Endereço: Avenida Boa Viagem, s/n - Boa Viagem
Em janeiro: Exposição O Invisível Notável: 20 anos depois - Galo de Souza até 5 de março na Galeria Janete Costa
De olho na folia, já chegou a hora de cair no passo
A Praça do Hipódromo, no Recife, é dos amantes do frevo. Há 12 anos tem sido assim. Neste sábado, o espaço reserva o início de uma nova temporada de aulas do ritmo, promovidas até o fim do ano pelo grupo Guerreiros do Passo. Tudo gratuito. É o lugar preferido da professora Lucélia Albuquerque, 35 anos, na capital. As lições acontecem aos sábados (15h) e quartas-feiras (19h). Com Lucélia e mais quatros voluntários à frente da oficina.
O frevo não é o único atrativo da praça. O lugar é arborizado e a frequência de pessoas de todas as idades é um charme a mais. “Aqui respira-se ar puro. É diferente de uma academia, onde tem ar-condicionado e fica tudo fechado”, compara Lucélia. Dançam juntos idosos, crianças, passistas profissionais, iniciantes, gente que deseja aprender a frevar, outros que apenas querem perder uns quilinhos. O objetivo quem define é o visitante. A praça, cujo nome original é Tertuliano Feitosa, fica na Rua Fonseca Oliveira, no Hipódromo. Se aprender frevo pode ser difícil para alguns, outra opção é acompanhar dicas sobre danças populares, como cavalo marinho e afoxé.
O grupo Guerreiros do Passo surgiu para dar continuidade à obra do amazonense radicado em Pernambuco Nascimento do Passo. Segundo a organização, pelo menos 2,5 mil alunos já passaram pelas aulas, dentro de uma faixa etária entre 6 e 75 anos de idade. Outras informações sobre o projeto podem ser obtidas com Lucélia Albuquerque, pelo 98801-0740.
A redescoberta do Baobá do Capibaribe
O Jardim do Baobá, às margens do Rio Capibaribe, nas Graças, tem balanço para duas pessoas usarem ao mesmo tempo, sejam adultas ou crianças. Também tem mesa comunitária e um píer para apreciar o rio. No espaço, claro, não poderia faltar a atração principal e já querida dos frequentadores: um baobá. Para o escritor e ator Luciano Pontes, trata-se de um dos melhores lugares da cidade hoje. Ele já esteve lá apenas para curtir a paisagem e fazer reunião na mesa com capacidade para 30 pessoas.
O Jardim do Baobá é o primeiro trecho do Parque Capibaribe, espaço público que teve as obras iniciadas em maio deste ano. O projeto é desenvolvido através de convênio entre a Prefeitura do Recife e o Grupo de Pesquisa e Inovação para Cidades Inciti, ligado à UFPE. A árvore que dá nome ao local é tombada como Patrimônio do Recife desde 1988. Tem 15 metros de altura e copa com 10 metros. O espaço total tem mais de dois mil metros quadrados, incluindo as áreas de passeio e ciclovia. O acesso pode ser feito pelas ruas Madre Loyola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti, na altura da Estação Ponte D’Uchôa, na Avenida Rui Barbosa.
“O astro do jardim, sem dúvida, é o baobá. Lá a gente consegue observar a espécie de perto, ver as raízes. Pernambuco é um dos estados brasileiros com mais baobás”, observa Luciano. Geraldo Marinho, arquiteto e urbanista, observa que, apesar do Jardim do Baobá ser apenas parte do que será o parque, ele já oferece um padrão pouco comum ao restante da cidade.
O Parque Dona Lindu simboliza a diversidade cultural do Recife. É assim que o fotógrafo uruguaio Marcelo Guimarães, que vive há 25 anos no Brasil, vê o espaço público da Zona Sul. Marcelo escolheu, há 10 anos, viver na capital pernambucana. Por dois motivos: “aqui não tem inverno” e “é a cidade com a maior diversidade cultural do país”. De frente para o mar, ele destaca a efervescência de expressões no parque.
De um lado, a Galeria Janete Costa oferece obras de arte. Neste mês, é possível visitar a exposição O invisível notável: 20 anos depois - Galo de Souza, em cartaz até 5 de março. No outro extremo, o Teatro Luiz Mendonça é palco de apresentações. “Vejo esse espaço como um lugar que representa a riqueza do Recife. Aqui você tem crianças de bicicleta, adultos fazendo exercícios ou dançando, jovens jogando bola. Encontra também as exposições de arte, apresentações de música”, afirma.
Atualmente, o Dona Lindu tem problemas de manutenção, como brinquedos quebrados. A Emlurb respondeu que seis funcionários trabalham diariamente na jardinagem, varrição, coleta e limpeza geral. “A manutenção é realizada periodicamente, mas os equipamentos sofrem com mau uso e depredação”, informou nota. Os técnicos da empresa deram início a um levantamento dos serviços de manutenção necessários para programar a execução.
SERVIÇO
Parque Dona Lindu
Endereço: Avenida Boa Viagem, s/n - Boa Viagem
Em janeiro: Exposição O Invisível Notável: 20 anos depois - Galo de Souza até 5 de março na Galeria Janete Costa
De olho na folia, já chegou a hora de cair no passo
A Praça do Hipódromo, no Recife, é dos amantes do frevo. Há 12 anos tem sido assim. Neste sábado, o espaço reserva o início de uma nova temporada de aulas do ritmo, promovidas até o fim do ano pelo grupo Guerreiros do Passo. Tudo gratuito. É o lugar preferido da professora Lucélia Albuquerque, 35 anos, na capital. As lições acontecem aos sábados (15h) e quartas-feiras (19h). Com Lucélia e mais quatros voluntários à frente da oficina.
O frevo não é o único atrativo da praça. O lugar é arborizado e a frequência de pessoas de todas as idades é um charme a mais. “Aqui respira-se ar puro. É diferente de uma academia, onde tem ar-condicionado e fica tudo fechado”, compara Lucélia. Dançam juntos idosos, crianças, passistas profissionais, iniciantes, gente que deseja aprender a frevar, outros que apenas querem perder uns quilinhos. O objetivo quem define é o visitante. A praça, cujo nome original é Tertuliano Feitosa, fica na Rua Fonseca Oliveira, no Hipódromo. Se aprender frevo pode ser difícil para alguns, outra opção é acompanhar dicas sobre danças populares, como cavalo marinho e afoxé.
O grupo Guerreiros do Passo surgiu para dar continuidade à obra do amazonense radicado em Pernambuco Nascimento do Passo. Segundo a organização, pelo menos 2,5 mil alunos já passaram pelas aulas, dentro de uma faixa etária entre 6 e 75 anos de idade. Outras informações sobre o projeto podem ser obtidas com Lucélia Albuquerque, pelo 98801-0740.
A redescoberta do Baobá do Capibaribe
O Jardim do Baobá, às margens do Rio Capibaribe, nas Graças, tem balanço para duas pessoas usarem ao mesmo tempo, sejam adultas ou crianças. Também tem mesa comunitária e um píer para apreciar o rio. No espaço, claro, não poderia faltar a atração principal e já querida dos frequentadores: um baobá. Para o escritor e ator Luciano Pontes, trata-se de um dos melhores lugares da cidade hoje. Ele já esteve lá apenas para curtir a paisagem e fazer reunião na mesa com capacidade para 30 pessoas.
O Jardim do Baobá é o primeiro trecho do Parque Capibaribe, espaço público que teve as obras iniciadas em maio deste ano. O projeto é desenvolvido através de convênio entre a Prefeitura do Recife e o Grupo de Pesquisa e Inovação para Cidades Inciti, ligado à UFPE. A árvore que dá nome ao local é tombada como Patrimônio do Recife desde 1988. Tem 15 metros de altura e copa com 10 metros. O espaço total tem mais de dois mil metros quadrados, incluindo as áreas de passeio e ciclovia. O acesso pode ser feito pelas ruas Madre Loyola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti, na altura da Estação Ponte D’Uchôa, na Avenida Rui Barbosa.
“O astro do jardim, sem dúvida, é o baobá. Lá a gente consegue observar a espécie de perto, ver as raízes. Pernambuco é um dos estados brasileiros com mais baobás”, observa Luciano. Geraldo Marinho, arquiteto e urbanista, observa que, apesar do Jardim do Baobá ser apenas parte do que será o parque, ele já oferece um padrão pouco comum ao restante da cidade.