Cruz do Patrão tem tombamento aprovado
Decisão unânime garante preservação do equipamento, além de proibir qualquer tipo de construção na área
Publicação: 15/07/2017 03:00
Monumento histórico erguido no século 18 para o balizamento de navios na entrada da barra no Porto do Recife, a Cruz do Patrão teve o polígono de tombamento aprovado pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural do Estado de Pernambuco. A decisão por unanimidade garante a preservação do equipamento, além de proibir qualquer tipo de construção na área que faz divisa com a igreja de Santo Amaro das Salinas. O documento seguiu para a Secretaria de Cultura de Pernambuco e, em seguida, deverá ser assinado pelo governador Paulo Câmara.
O tombamento da Cruz do Patrão foi solicitado em 19 de julho de 2012. Em outubro do ano passado, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) apreciou a sua conclusão, apresentando exame técnico. Faltava apenas definir a proteção da área remanescente com 2.440 metros quadrados, localizada às margens do Rio Beberibe.
O historiador Leonardo Dantas Silva, autor da proposta, ressaltou a importância da Cruz do Patrão para a história do Recife. “Esse monumento é referência para o porto, de onde toda a cidade começou a se desenvolver. Ao avistar a Cruz, às margens do Rio Beberibe, o piloto da embarcação alinhava-a com a igreja de Santo Amaro das Salinas, perto do Cemitério dos Ingleses, e vinha em linha reta sem bater nas pedras”, recordou.
A Cruz do Patrão é uma coluna feita em alvenaria, tendo em cima uma cruz de pedra. O nome Patrão é uma referência aos donos dos barcos que chegavam. O local também é conhecido como mal-assombrado, pois ali eram enterrados escravos que morriam ao chegar da África. O equipamento está situado na entrada norte do Porto do Recife, nas proximidades da Fortaleza de São João Batista do Brum, considerada Monumento Nacional regularmente inscrito no Livro de História do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo Leonardo Dantas, o tombamento garantirá a sua preservação. “É o monumento mais antigo do Bairro do Recife”, ressaltou.
Em 2012, equipes do Departamento de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fizeram escavações na área, a partir de solicitações da comunidade negra do Recife, mas não encontraram quaisquer resquícios de um possível cemitério de afrodescendentes. Isso afastou o caráter de religiosidade do equipamento.
Em 2008, a Secretaria de Cultura de Pernambuco elaborou um projeto de requalificação para a área onde está localizada a Cruz do Patrão, que foi apresentado à direção do Porto do Recife. De acordo com Leonardo Dantas, o projeto não foi aprovado em decorrência da previsão de construção de um prédio que tiraria a visão da cruz. “Para valorização daquele local, basta tão somente a implantação no seu entorno de um jardim ou mesmo uma esplanada com um píer ancoradouro para barcos, de onde se possa vislumbrar o pôr do sol no fim da tarde”, finalizou.
Curiosidades
O tombamento da Cruz do Patrão foi solicitado em 19 de julho de 2012. Em outubro do ano passado, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) apreciou a sua conclusão, apresentando exame técnico. Faltava apenas definir a proteção da área remanescente com 2.440 metros quadrados, localizada às margens do Rio Beberibe.
O historiador Leonardo Dantas Silva, autor da proposta, ressaltou a importância da Cruz do Patrão para a história do Recife. “Esse monumento é referência para o porto, de onde toda a cidade começou a se desenvolver. Ao avistar a Cruz, às margens do Rio Beberibe, o piloto da embarcação alinhava-a com a igreja de Santo Amaro das Salinas, perto do Cemitério dos Ingleses, e vinha em linha reta sem bater nas pedras”, recordou.
A Cruz do Patrão é uma coluna feita em alvenaria, tendo em cima uma cruz de pedra. O nome Patrão é uma referência aos donos dos barcos que chegavam. O local também é conhecido como mal-assombrado, pois ali eram enterrados escravos que morriam ao chegar da África. O equipamento está situado na entrada norte do Porto do Recife, nas proximidades da Fortaleza de São João Batista do Brum, considerada Monumento Nacional regularmente inscrito no Livro de História do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo Leonardo Dantas, o tombamento garantirá a sua preservação. “É o monumento mais antigo do Bairro do Recife”, ressaltou.
Em 2012, equipes do Departamento de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fizeram escavações na área, a partir de solicitações da comunidade negra do Recife, mas não encontraram quaisquer resquícios de um possível cemitério de afrodescendentes. Isso afastou o caráter de religiosidade do equipamento.
Em 2008, a Secretaria de Cultura de Pernambuco elaborou um projeto de requalificação para a área onde está localizada a Cruz do Patrão, que foi apresentado à direção do Porto do Recife. De acordo com Leonardo Dantas, o projeto não foi aprovado em decorrência da previsão de construção de um prédio que tiraria a visão da cruz. “Para valorização daquele local, basta tão somente a implantação no seu entorno de um jardim ou mesmo uma esplanada com um píer ancoradouro para barcos, de onde se possa vislumbrar o pôr do sol no fim da tarde”, finalizou.
Curiosidades
- A Cruz do Patrão é uma coluna dórica, feita em alvenaria
- Tem 6 metros de altura e 2 de diâmetro
- A cruz original era de madeira
- O monumento foi representado na planta Prospecto da Vila do Recife, feita pelo padre José Caetano, em 1759
- A peça é citada na obra Guia prático, histórico e sentimental da cidade do Recife, de Gilberto Freyre
- Também é citado na obra O esqueleto, de Carneiro Vilela
- O local é considerado mal-assombrado
- Durante a 2ª Guerra Mundial os soldados temiam guarnecer no lugar em função das lendas