Publicação: 20/01/2018 03:00
Assim como o Galo da Madrugada, o Bloco Carnavalesco Misto Pierrot de São José comemora 40 anos de existência neste ano. Criado pela carnavalesca Sevy Caminha, o bloco é um dos responsáveis por manter viva a tradição momesca no bairro de São José, coração do Recife. Aos 82 anos, dona Sevy não pode mais desfilar com o grupo que invade as ruas levando a alegria característica do bloco. Missão que foi assumida pelos seus filhos e netos. Apesar de não gostar de dançar frevo, dona Sevy conta que apaixonou-se pelo brilho da festa desde criança. “A minha vida foi um carnaval e é um carnaval”, resume Sevy.
Ainda criança, Sevy conheceu Augusto Bandeira, do Bloco Batutas de São José, e Arlinda Cruz, do Clube Vassourinhas. Ambos foram os responsáveis por iniciar aquela garota de apenas 9 anos vinda da cidade de Belo Jardim, no Agreste, no mundo de cores do carnaval. “Eu fiquei admirada com o brilho do carnaval. E dona Arlinda me dava os retalhos de pano pequenos para eu fazer roupas para minhas bonecas. Os pedaços maiores, ela transformava em fantasias. E foi assim que nasceu minha paixão pela costura de fantasias. Fiz roupas para o Batutas de São José, Banhistas do Pina e vários outros blocos. Depois, resolvi fazer o meu próprio bloco”, relembra.
O mestrando em história pela Unicap Jairo Cabral lembra que vários clubes populares nasceram de formações de trabalhadores a exemplo do Vassourinhas, Lenhadores e das Pás. “Era comum os clubes nascerem dessas reuniões”, diz.
Na casa de três andares onde a carnavalesca mora com três filhas, quase não há espaço para os móveis da família. Os dois últimos pavimentos são tomados pelas fantasias usadas para o desfile da agremiação. “Aqui em casa todo mundo respira carnaval. Quase não tem lugar para a gente dormir, mas as fantasias têm espaço garantido. Quando chega perto do carnaval temos que pegar todas elas para começar a aprontar e fazer um desfile bonito. As dificuldades financeiras são grandes. Eu e minha mãe botamos dinheiro das nossas aposentadorias no bloco para ele poder sair no carnaval. Mas fazemos isso com muito amor”, conta Maria Goretti Caminha, 57.
Ainda criança, Sevy conheceu Augusto Bandeira, do Bloco Batutas de São José, e Arlinda Cruz, do Clube Vassourinhas. Ambos foram os responsáveis por iniciar aquela garota de apenas 9 anos vinda da cidade de Belo Jardim, no Agreste, no mundo de cores do carnaval. “Eu fiquei admirada com o brilho do carnaval. E dona Arlinda me dava os retalhos de pano pequenos para eu fazer roupas para minhas bonecas. Os pedaços maiores, ela transformava em fantasias. E foi assim que nasceu minha paixão pela costura de fantasias. Fiz roupas para o Batutas de São José, Banhistas do Pina e vários outros blocos. Depois, resolvi fazer o meu próprio bloco”, relembra.
O mestrando em história pela Unicap Jairo Cabral lembra que vários clubes populares nasceram de formações de trabalhadores a exemplo do Vassourinhas, Lenhadores e das Pás. “Era comum os clubes nascerem dessas reuniões”, diz.
Na casa de três andares onde a carnavalesca mora com três filhas, quase não há espaço para os móveis da família. Os dois últimos pavimentos são tomados pelas fantasias usadas para o desfile da agremiação. “Aqui em casa todo mundo respira carnaval. Quase não tem lugar para a gente dormir, mas as fantasias têm espaço garantido. Quando chega perto do carnaval temos que pegar todas elas para começar a aprontar e fazer um desfile bonito. As dificuldades financeiras são grandes. Eu e minha mãe botamos dinheiro das nossas aposentadorias no bloco para ele poder sair no carnaval. Mas fazemos isso com muito amor”, conta Maria Goretti Caminha, 57.