Diario urbano

Jailson da Paz
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Publicação: 01/06/2018 03:00

Poluição menor

A paralisação dos caminhoneiros reforçou o que defendem especialistas. A Região Metropolitana precisa de ciclovias. Se dispusesse de uma rede estruturada para as bicicletas, o caos da semana passada e desta teria, em relação aos deslocamentos da população, um impacto menor. Indicativo foi a adesão ao sistema de compartilhamento de bicicletas, o BikePE. O sistema registrou crescimento de cerca de um terço do número de viagens semanais, enquanto o cadastro de usuários mais do que duplicou durante a paralisação, responsável pelo desabastecimento de combustíveis. Menos carros e mais bicicletas nas ruas levam à queda da poluição. Não se estimou até agora a queda do índice de poluentes no Recife, mas, se considerados dados preliminares relativos à cidade São Paulo, a capital pernambucana deve ter alcançado uma redução significativa. Na capital paulista, segundo o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), a poluição caiu pela metade em dois lugares. Algo raro, entretanto, possível. Mudar depende da revisão de prioridades na política de trânsito e transporte do país. Ou seja, menos carros.

Mudaram a placa
Diante da placa da Avenida Manoel Borba, na Boa Vista, uma das conclusões é que os pichadores ignoram os ciclistas. Colaram um cartaz sobre o horário permitido à circulação das bicicletas e rabiscaram uma seta indicando a calçada, ao contrário do que diz a placa, como lugar destinado às magrelas. Em um canto, pregaram um adesivo.
 
Risco na calçada
Falta de coletores e de educação ambiental explicam os descartes frequentes de lâmpadas fluorescentes nas calçadas da Avenida Manoel Borba. Havia seis ontem perto da Rua José da Rua da Soledade, estando apenas duas embaladas em papéis e duas quebradas.
 
Marcando a garagem
A demarcação com cavaletes e pirulitos, de concreto e ferro, foi a única maneira encontrada pelos moradores dos edifícios 317 e 388 da Rua do Progresso, na Boa Vista, de impedir que veículos estacionem no acesso às garagens. Ninguém respeitava antes.
 
Galeria entupida
Pelo bueiro da rede pluvial da Rua Gonçalves Maia, em frente ao imóvel 114, na Boa Vista, não escoa uma gota d'água. O bueiro está tomado pela areia empurrada pelas chuvas dos últimos meses. Na areia, cresce capim e se acumula lixo.
 
Sessenta mil
O Galo da Madrugada não se aquieta com pouca gente. Mesmo no São João, acredito que contaminado pelo vírus do carnaval, espera reunir 60 mil pessoas na décima edição do forró promovido pelo clube, hoje e amanhã, na Praça Sérgio Loreto, em São José.
 
Inspiração lusa
As pedras portuguesas estão sendo substituídas nas calçadas dos edifícios particulares do Recife. Na Rua Professor Augusto Lins e Silva, em Boa Viagem, prédios vão aos poucos trocando as pedras pelos blocos intertravados, de fácil manutenção.
 
Rosas dos ventos
Onde resistem nos desenhos originais, na Rua Professor Augusto Lins e Silva, as pedras portuguesas se distinguem da uniformidade de cores e formas dos demais produtos. São os exemplos das rosas dos ventos feitas na calçada do edifício 497.