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Escolas enfrentam fase de transição
Tradicional polo de educação, Boa Vista conserva alguns de seus grandes colégios, como o 2001, que mantêm alunado fiel aos princípios pedagógicos
Publicação: 26/06/2018 03:00
Relicário de memórias de épocas áureas da região central do Recife, a Boa Vista já foi o principal reduto estudantil da cidade. Até a década de 1970, o bairro abrigava os principais edifícios empresariais da capital e, em consequência, concentrava a vida produtiva da cidade e os colégios mais tradicionais. Com o crescimento urbanístico e o desenvolvimento de outras zonas, essas características foram ficando no passado. Duas dezenas de colégios, porém, sobreviveram a esse momento de transição e seguem imprimindo ao bairro essa vocação educacional.
Na história das escolas da Boa Vista, convergem dois momentos da educação. O mais recente foi a expansão dos colégios e cursos voltados para o ensino básico e o vestibular, a exemplo do Colégio 2001. O primeiro foi o a instalação das escolas religiosas, que ocupavam grandes terrenos, a exemplo do Salesiano Sagrado Coração e do Americano Batista.
Prestes a completar em novembro próximo 50 anos, o 2001 é um exemplo de instituição que resistiu ao tempo. Fundado no número 156, no cruzamento das ruas do Riachuelo e da Saudade, para ser um curso preparatório para as provas de ingresso no ensino superior, o colégio foi se ramificando ao longo dos anos em outros edifícios na Rua do Riachuelo e expandindo a sua atuação. Em 1975, abriu as classes de ensino médio. Seis anos depois, as de ensino fundamental.
“Nós somos uma escola que busca adaptar o tradicional à modernidade. Porém, nunca procuramos ser o colégio da moda. Queríamos preparar o aluno para a vida, de forma que ele sempre se lembrasse daqui como um lugar em que aproveitou muito”, explicou o diretor-geral Cilas Cunha de Menezes.
O auditor fiscal Leonardo Silva, 29 anos, estudou na escola entre os anos de 2004 e 2006. “Havia uma valorização do trabalho, do esforço e do planejamento para realizar as atividades”, conta. Para Leonardo, estudar no local possibilitou adquirir independência em relação ao deslocamento pela cidade. “A gente podia ir andando aos teatros do Parque e de Santa Isabel, para a Biblioteca Pública. Ou seja, tinha acesso a diversos pontos de acesso à cultura”, lembra.
O 2001 atingiu a marca de mil alunos ainda na década de 1970. Hoje são 1,2 mil só na unidade da Boa Vista. “Conseguimos nos manter em crescimento e com credibilidade. Cerca de 70% dos nossos alunos são filhos e netos de ex-alunos”, afirma Cilas, que foi estudante do colégio na década de 1960.
Outra instituição que atravessou o tempo foi o Colégio Americano Batista. Criada pelo missionário William Henry Canadá, que chegou a Pernambuco em 1902 e começou a dar aulas em uma casa junto à 1ª Igreja Batista do Recife, a instituição tem 112 anos de existência. “Ele foi o segundo colégio criado pelos batistas em Pernambuco e funciona onde havia o antigo palacete do Barão da Soledade”, explica a diretora pedagógica Iracy Leite. A Boa Vista tem hoje oito escolas particulares e 11 estaduais.
Na história das escolas da Boa Vista, convergem dois momentos da educação. O mais recente foi a expansão dos colégios e cursos voltados para o ensino básico e o vestibular, a exemplo do Colégio 2001. O primeiro foi o a instalação das escolas religiosas, que ocupavam grandes terrenos, a exemplo do Salesiano Sagrado Coração e do Americano Batista.
Prestes a completar em novembro próximo 50 anos, o 2001 é um exemplo de instituição que resistiu ao tempo. Fundado no número 156, no cruzamento das ruas do Riachuelo e da Saudade, para ser um curso preparatório para as provas de ingresso no ensino superior, o colégio foi se ramificando ao longo dos anos em outros edifícios na Rua do Riachuelo e expandindo a sua atuação. Em 1975, abriu as classes de ensino médio. Seis anos depois, as de ensino fundamental.
“Nós somos uma escola que busca adaptar o tradicional à modernidade. Porém, nunca procuramos ser o colégio da moda. Queríamos preparar o aluno para a vida, de forma que ele sempre se lembrasse daqui como um lugar em que aproveitou muito”, explicou o diretor-geral Cilas Cunha de Menezes.
O auditor fiscal Leonardo Silva, 29 anos, estudou na escola entre os anos de 2004 e 2006. “Havia uma valorização do trabalho, do esforço e do planejamento para realizar as atividades”, conta. Para Leonardo, estudar no local possibilitou adquirir independência em relação ao deslocamento pela cidade. “A gente podia ir andando aos teatros do Parque e de Santa Isabel, para a Biblioteca Pública. Ou seja, tinha acesso a diversos pontos de acesso à cultura”, lembra.
O 2001 atingiu a marca de mil alunos ainda na década de 1970. Hoje são 1,2 mil só na unidade da Boa Vista. “Conseguimos nos manter em crescimento e com credibilidade. Cerca de 70% dos nossos alunos são filhos e netos de ex-alunos”, afirma Cilas, que foi estudante do colégio na década de 1960.
Outra instituição que atravessou o tempo foi o Colégio Americano Batista. Criada pelo missionário William Henry Canadá, que chegou a Pernambuco em 1902 e começou a dar aulas em uma casa junto à 1ª Igreja Batista do Recife, a instituição tem 112 anos de existência. “Ele foi o segundo colégio criado pelos batistas em Pernambuco e funciona onde havia o antigo palacete do Barão da Soledade”, explica a diretora pedagógica Iracy Leite. A Boa Vista tem hoje oito escolas particulares e 11 estaduais.
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