Ação contra os ratos em Noronha Arquipélago de Fernando de Noronha realiza grande operação para eliminar possíveis infestações de roedores, praga que pode afetar o ecossistema

Publicação: 28/07/2022 05:20

Administração de Fernando de Noronha realiza, esta semana, a segunda operação de desratização do ano. A ação é para eliminar possíveis infestações de ratos na ilha. O trabalho é feito a cada quatro meses, por meio do Núcleo de Vigilância Ambiental.

Uma equipe formada por cinco profissionais (quatro agentes e um coordenador) passará por todos os bairros do arquipélago, iniciando pelo Sueste, Estrada Velha, DPV, Vai quem sabe, Coreia e áreas do bairro da Quixaba.  

Na ação, os técnicos especializados utilizam o raticida Brodifacoum, autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Uma isca de parafina é colocada em lugares estratégicos da ilha, onde existe incidência ou queixas da presença do animal, tanto no entorno de residências (como quintais e telhados), quanto em áreas públicas, a exemplo das praças. O produto é colocado em locais seguros e não é prejudicial a outros animais nem aos humanos.

De acordo com a Vigilância Ambiental, a prevenção tem que acontecer sempre, porque a infestação de ratos pode trazer danos à saúde. Os ratos são transmissores de doenças, principalmente a leptospirose, que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados pela bactéria Leptospiraque. Ocorre na exposição de pele com lesões ou pele íntegra imersa em água contaminada (como poças de água) ou por meio de mucosas (olhos, nariz, boca), já que a urina do rato pode ser encontrada também em utensílios domésticos, comidas e locais diversos.

Para evitar o aparecimento de ratos dentro de casa, o Núcleo de Vigilância Ambiental orienta a população para não deixar lixo ou entulhos acumulados nas residências e entorno.

“É preciso tomar cuidado com água acumulada nos terrenos, sobretudo em época de chuva. É importante lembrar que a higiene dentro e fora de casa é fundamental para o controle dos roedores na ilha, que além de transmitirem doenças também causam prejuízos econômicos, já que roem fiação elétrica, madeiras, sofás, camas, entre outros objetos”, disse Mirelly Santos, gerente de Vigilância em Saúde.