A base do monumento continua de pé, mas o busto de Frei Caneca, no bairro de São José, sumiu em meados de agosto. Sobre estrutura de alvenaria, apenas o vazio, que vai de encontro ao esforço de pesquisadores em dar o espaço devido ao que Pernambuco representou para o processo de Independência do Brasil. Frei Caneca participou da Confederação do Equador, o que o levou ao seu fuzilamento em 1825.

“Existem muitos marcos memoriais, mas é preciso outras ações para reativar a memória de Pernambuco, que ficou um pouco eclipsada com a exaltação ao 7 de setembro”, avalia George Cabral. As ações incluíriam, como proposto pela Comissão Estadual de Comemorações do Bicentenário da Declaração da Independência do Brasil, a publicação de estudos importantes para se compreender a independência de forma ampla. Neste sentido, ele cita a Coleção Pernambuco na Independência 1822-2022, da Cepe Editora, que terá 10 livros.

Paralelamente, ruas e monumentos continuam a cumprir a função de relembrar.  Na Boa Vista, a Rua Sete de Setembro remete ao grito de Dom Pedro, mas o cruzamentos da Avenida Visconde de Suassuna com a Gervásio Pires conduz à “revolução” de Goiana. Entre as consequências desta, as saídas do general Luís do Rego, governador da província, e das tropas lusas do estado em 1821.