Quase três quartos sem achar trabalho

Publicação: 08/07/2023 03:00

A pesquisa mostra que, entre as pessoas com deficiência de 14 anos ou mais, ou seja, em idade de trabalhar, apenas 21,9% estiveram ocupadas em algum momento de 2022, percentual que sobe para 47,9% quando se considera o total desse recorte da população. Além disso, quase três quartos das pessoas com deficiência (74,5%) em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho, ou seja, nem trabalhavam nem estavam procurando emprego.

O rendimento médio real habitualmente recebido por mês relativo ao trabalho principal foi de R$ 1,7 mil em Pernambuco. No entanto, para as pessoas com deficiência o rendimento era equivalente a 72,9% desse valor, ou seja, R$ 1,3 mil, o sexto pior do Brasil. Por outro lado, o rendimento do trabalho principal das pessoas sem deficiência era de R$ 1,8 mil, sendo 1,4% acima da média nacional.

No recorte por raça, as pessoas com deficiência brancas ganhavam, em média, R$ 1,8 mil por mês, enquanto a população preta nessa condição recebia R$ 1,2 mil e a parda, mil reais.  

A taxa de informalidade é de 64% entre as pessoas com deficiência, superior aos 50,6% alcançados entre os trabalhadores em geral. Em média, o rendimento mensal do trabalhador no mercado informal para uma pessoa com deficiência é de R$ 757, o equivalente a 70,6% do salário de uma pessoa sem deficiência na mesma situação (mil reais). Já no mercado formal, a proporção dessa diferença diminui: uma pessoa sem deficiência recebe R$ 2,5 mil contra R$ 2,2 mil de uma pessoa com deficiência, 11,2% a mais.