Padrasto é preso por estuprar a enteada Segundo polícia, o homem já tinha sido detido por tráfico de drogas. Havia, ainda, registros por ameaça e comportamento violento

Nicolle Gomes

Publicação: 16/05/2024 03:00

Um homem de 35 anos foi  preso por estuprar a enteada, no Recife, além de fazer ameaças e praticar violência doméstica contra a mãe e o irmão da vítima. A adolescente abusada tem, atualmente, 14 anos. A informação foi repassada ontem pela delegada Maria Eduarda Melo, do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), responsável pelo caso. O homem, que não teve o nome divulgado para preservar a vítima, também é investigado por abuso sexual da própria filha, uma adolescente de 13 anos. O abusador foi preso, em 8 de maio, após cumprimento do mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça na capital pernambucana.

Em entrevista coletiva, ontem, na sede da Polícia Civil, a delegada afirmou que, além de estuprar a enteada, ele agredia a jovem durante os abusos, que aconteciam desde que a menina tinha 11 anos.

Ainda segundo a polícia, o homem tinha antecedentes criminais, tendo sido preso por tráfico de drogas e também tinha registros por ameaça e comportamento violento.

RELATO

A vítima afirmou para os policiais  que os abusos começaram com atos libidinosos e depois se consumaram para conjunções carnais. Os exames comprovaram que a garota foi violada fisicamente, mesmo que não tenham sido encontrados materiais genéticos do suspeito, devido ao lapso temporal desde o último episódio, acontecido no fim do ano passado.

Segundo as investigações, a garota relatou que os episódios aconteciam sempre durante a noite, de maneira escondida, enquanto a mãe e o irmão dormiam, para que não houvesse chance de alguém testemunhar.

O caso começou a ser desvendado quando a mãe da vítima tomou conhecimento a partir da própria filha e procurou a polícia. Quando houve a denúncia, o padrasto tentou impedir que a esposa fosse até a delegacia, ameaçando-a com uma faca, e posteriormente, com agressões verbais.

Mesmo assim ele negou o crime, afirmando que a enteada havia sido abusada por um desconhecido. “Esses abusos aconteciam com violência e grave ameaça. [...] Ela, já não aguentando mais tudo o que vinha passando, resolveu revelar os fatos, sobretudo [...] depois de perceber que alguém estava sendo acusado injustamente por algo que não tinha cometido. E era alguém do convívio dessa adolescente. Ela tomou coragem e revelou o fato”, afirmou a delegada.