A Marinha do Brasil abriu um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação para apurar as causas e as circunstâncias do naufrágio do cargueiro Concórdia. A embarcação afundou no domingo (15), quando saía do Recife para Fernando de Noronha, levando alimentos. Havia nove tripulantes a bordo. Quatro faleceram, quatro foram resgatados com vida e um continua sendo procurado. Em nova nota divulgada ontem, a Marinha do Brasil disse que mantém a operação de buscas.

Também informou que “não foram constatados indícios de poluição hídrica no local”. Parentes e amigos de tripulantes que faleceram foram ao Instituto de Medicina Legal (IML) , em Santo Amaro, na  área central do Recife, ontem. Eles relataram informações repassadas pelos sobreviventes de que o primeiro sinal de que as coisas não estavam bem no navio foi a movimentação “estranha” da carga. Os volumes começaram a se soltar das amarras. Então, o navio começou a pender para um dos lados.

Em contato com a empresa pelo rádio, os tripulantes foram orientados a voltar ao Porto do Recife. Nesse momento, contam os familiares, o leme quebrou e o cargueiro ficou à deriva. Um rebocador encontrou o navio. Quatro tripulantes conseguiram pular na água, sendo resgatados com vida.  Dos cinco que ficaram presos, quatro morreram.