Caixa de Natal encanta multidão no Marco Zero Celebrando uma década de existência, o espetáculo atraiu milhares de pessoas ao Marco Zero, no Recife Antigo, ontem. Houve espaço para clássicos da música

Thatiany Lucena

Publicação: 02/12/2024 03:00

Uma multidão lotou o Marco Zero, no bairro do Recife, área central da cidade, para ver o espetáculo “Caixa de Natal”, ontem. Em sua 10ª edição, a cantata marcou a abertura do calendário de festividades natalinas da capital. A celebração contou com participação do cantor e compositor Alceu Valença e o do instrumentalista Hamilton de Holanda.

Das janelas iluminadas da fachada da Caixa Cultural, os jovens do Coral Caixa de Natal brilharam cantando clássicos natalinos e canções populares da cultura nordestina.

Celebrando uma década de história, a cantata teve a participação de nove coralistas adultos, que integraram as primeiras edições do evento, formando um coral misto, composto por 40 vozes. O grupo foi conduzido pelos regentes Gilvan Lucas e Bruna Renata.

Canções como “Noite Feliz”, “Natal das Crianças e “Aquela” entoaram o canto dos coralistas, que emocionaram pessoas de todas as idades.

O coral também contou com as participações especiais do instrumentista Hamilton de Holanda e do cantor e compositor Alceu Valença.

No segundo bloco, o bandolinista carioca se juntou aos coralistas tocando alguns clássicos com “Voltei Recife”, “Novo Tempo” e Leão do Norte”. Em seguida, o coral interpretou músicas da tradição pastoril. Encerrando o espetáculo, o cantor pernambucano Alceu Valença comandou o show, agitando o público ao som de clássicos como “Belle de Jour”, Girassol e “Tropicana”,

O serviço público José de Sá Araújo, de 60 anos, veio prestigiar o espetáculo pela primeira vez ao lado da esposa, Rosimere Rocha, de 57 anos, que levaram uma das filha e as netas Ana Luiza, de 13 anos e Alice, de 7. “Viemos em busca do sentimento de felicidade, nesse ambiente tão fraterno. Para as minhas netas, esse é um momento de começarem a agregar o sentimento do Natal”, disse.

Já  a médica Cristina Sette, de 61 anos, que acompanha o evento desde a primeira edição, que aconteceu em 2014, levou a sobrinha Raquel Sette, de 18 anos,  para conhecer a cantata. “Tenho uma memória afetiva muito grande nessa época, porque a minha família sempre comemorou muito o Natal e eu conheço as músicas”, disse Cristina.

Ela também aproveitou o momento para fazer uma reflexão sobre o seu sentimento nesse período do ano. “Que neste Natal, a gente possa ter um momento de alegria, esquecer da violência que está acontecendo no mundo e pensar em um 2025 melhor para toda a humanidade”, destacou Cristina, com um brilho no olhar.

O espetáculo que recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, no início de novembro, teve duração de cerca de duas horas.