DP+SOCIAL » Cooperativa ajuda a transformar vidas Coocencipe, cooperativa sediada em Olinda, desenvolve trabalho com 86 famílias, que fazem reciclagem de forma correta e gratuita

Publicação: 29/01/2025 03:00

“Uma entidade especializada em reciclar”, é assim que a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coocencipe) se descreve. Localizada em Olinda, no Grande Recife, ela realiza serviço de recolhimento de lixo seco e faz a reciclagem gratuitamente e de forma correta.

A Cooperativa nasceu a partir do Centro da Promoção da Cidadania de Pernambuco (Cencipe). O centro dava apoio a moradores carentes, principalmente, catadores de materiais recicláveis da região.

Em 2005, o fundador e coordenador da cooperativa, Luiz Mauro,  transformou uma  atividade, até então considerada clandestina de coleta de materiais recicláveis, em  uma cooperativa que pudesse ser uma alternativa de geração de renda para a população carente.

“Atualmente, 86 famílias são agregadas ao mundo da reciclagem. Aqui, elas já estão conscientes de que vão fazer um trabalho correto. Nós temos um local onde nossos patrocinadores nos ajudam com alimentação para o catador, com  equipamentos de proteção individual apropriados e, também, um local para as crianças ficarem enquanto os pais trabalham”, explicou Luiz Mauro, em conversa com o Diario de Pernambuco.

A cooperativa coleta, em média, 130 toneladas de material reciclável em Olinda, mas é no carnaval que a quantidade de lixo dobra. No ano passado, segundo Luiz Mauro, a cooperativa coletou, aproximadamente, 60 toneladas, nos dez dias de folia deste ano, a Cooperativa planejar coletar até 90.

Luiz Mauro contou que, durante essa época, catadores da Região Metropolitana e do Nordeste vão para Olinda por receberem valores “muito mais altos do que receberiam todos os dias de festa”.

“Há uma década nós atuamos no Carnaval de Olinda, começamos com 200 catadores, em 2024 tivemos mil e, esse ano, nossa proposta para a Prefeitura de Olinda é de 1,3 mil catadores”, explicou em conversa com o Diario de Pernambuco.

“Temos todo um cuidado para aumentar o preço da lata nessa época. Nós fazemos um acordo com a indústria, eles informam um determinado valor e a gente paga o melhor preço para o catador, livrando ele do atravessador”, contou.