O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se manifestou favoravelmente à decretação, ontem (17), da prisão preventiva dos investigados pela prática de homicídio qualificado, tortura e violência sexual contra a criança Arthur Ramos do Nascimento, de apenas 2 anos e 11 meses, na cidade de em Tabira, no Sertão de Pernambuco. Antonio Lopes Severo, conhecido por Frajola, e Giselda da Silva Andrade eram responsáveis por cuidar do menino e estão foragidos.

Arthur foi agredido até a morte no último domingo (16), no bairro João Cordeiro,  O menino foi encontrado por uma vizinha, que estranhou o fato de ele não ter se levantado da cama. Ao entrar na casa, percebeu marcas de cortes pelo corpo da criança e acionou a Polícia Militar. De acordo com a Polícia Civil, Arthur foi encaminhado a uma unidade hospitalar local com lesões em várias partes do corpo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

HISTÓRICO
A decisão do MPPE foi tomada com base nas provas contundentes, como os exames médicos que indicam múltiplas lesões e sinais evidentes de violência, além de depoimentos de testemunhas que revelam um histórico de maus-tratos e agressões contra a vítima. O casal que cuidava temporariamente de Arthur já tinha antecedentes criminais, segundo a delegada responsável pelo caso, Joedna Soares.

Já a mãe da criança, Giovana Ramos, contou que, há dois meses, a criança estava sob os cuidados temporários do casal. Em entrevista ao blog Júnior Campos,  contou que chegou a perceber machucados no filho há algumas semanas, mas nunca imaginou a gravidade da situação.

“Eu mandei dinheiro para remédio. Ela disse que o menino deu bobeira, fez um corte no queixo. Até aí tudo bem, porque é normal criança se machucar, né?”, contou. Durante a entrevista, a mãe afirmou acreditar que tudo foi premeditado. Segundo ela, desde o início, a suspeita queria a guarda da criança e teria cometido o crime por vingança. “Ela criou olho gordo em cima do meu filho. Achou que ia fazer a minha mente para eu deixar o meu filho com ela”.