Estado de emergência atinge 79 cidades
A escassez de chuvas dos últimos meses fez o governo federal reconhecer a situação nestes municípios e garantir a liberação de recursos
ADELMO LUCENA
Publicação: 29/03/2025 03:00
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Municípios em estado de emergência têm acesso a liberações da Defesa Civil |
A falta de chuvas nos últimos meses já levou 79 cidades pernambucanas a terem suas situações de emergência reconhecidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Somente na última semana, seis municípios foram inseridos na listagem: Jatobá, Petrolina, Carnaubeira da Penha, Pesqueira, Santa Cruz e Santa Filomena.
Com o reconhecimento por parte do Governo Federal, as cidades em situação de emergência podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial com o valor a ser liberado.
Para que o Ministério reconheça o estado de emergência devido à estiagem, é necessário que a prefeitura siga um processo específico, que inclui decretação de situação de emergência por parte do município, solicitação ao MIDR, envio de Informações sobre o desastre, áreas afetadas, população impactada, danos materiais e ambientais e ações já realizadas pelo município.
CRISE
Atualmente, Pernambuco enfrenta uma situação crítica de estiagem. Em dezembro do ano passado, 94 municípios já haviam decretado situação de emergência. Em março de 2025, esse número aumentou para 118, conforme decreto estadual. Também na última semana, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) informou que a previsão climática para o trimestre de abril a junho de 2025 indica chuvas abaixo da média e temperaturas acima da média histórica em todas as regiões do estado.
Uma das medidas para enfrentar a crise hídrica foi garantir que a Adutora de Jucazinho passe a receber água da Transposição do Rio São Francisco, através de uma ligação com a Adutora do Agreste. A implantação ocorre em meio ao pré-colapso da Barragem de Jucazinho, que opera com apenas 3,8% de sua capacidade.