Operação foca nas sedes das organizadas
Polícia Civil encontrou, a partir de mandados de busca e apreensão, barrotes, facas, explosivos, pedaços de ferro e produtos falsificados
Publicação: 15/03/2025 03:00
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Materiais foram apreendidos nas sedes das organizadas |
Durante a operação, foram apreendidos barrotes, facas, explosivos, pedaços de ferro e diversos produtos falsificados como camisas, bermudas e copos personalizados. A operação HOOLINET foi realizada através da Delegacia de Poli%u0301cia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRICI) e está vinculada à Diretoria Integrada Especializada (DIRESP).
TORCIDAS
De acordo com a Polícia Civil, o nome da operação vem da fusão das palavras hooligan (nome dos torcedores violentos que atuavam na Inglaterra e foram probidos de frequentar jogos de futebol) e internet, indicando torcidas organizadas violentas no ambiente digital. Sob a preside%u0302ncia da delegada Isabela Porpino, a investigação foi iniciada em fevereiro de 2025, com o objetivo de identificar e desarticular o grupo criminoso.
Foram empregados 30 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. As investigac%u0327o%u0303es foram assessoradas pela Diretoria de Intelige%u0302ncia da Poli%u0301cia Civil de Pernambuco (DINTEL) contando ainda com o apoio operacional do Comando de Operac%u0327o%u0303es e Recursos Especiais (CORE) da PCPE.
“A DPCRICI identificou que as sedes estavam em pleno funcionamento mesmo havendo decisão judicial determinando a extinção das torcidas organizadas, além do que foi constatado o exercício de atividade comercial com a venda ilegal de produtos contrafeitos”, afirmou a delegada Isabela Porpino.
VIOLÊNCIA
No início de fevereiro deste ano, as cenas de violência entre membros das torcidas Explosão Coral (antiga Inferno), do Santa Cruz, e Jovem Leão (antiga Jovem), do Sport, causou indignação da população. Episódios de espancamento e até estupro a céu aberto foram registrados.
Ainda em fevereiro, dirigentes do Sport, Náutico, Santa Cruz e Federação Pernambucana de Futebol firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para eliminar qualquer forma de vínculo entre os três clubes e as organizadas Torcida Jovem do Leão, Explosão Coral e Náutico até Morrer impedindo o acesso, apoio ou utilização de recursos que beneficiem tais torcidas.
Após os acertos, os clubes se comprometeram a não fornecer verbas ou qualquer forma de patrocínio às organizadas, incluindo distribuição de ingressos, transporte e alimentação. Também se dispõem a proibir, com apoio dos órgãos estaduais de segurança, a presença de símbolos, faixas, bandeiras ou espaços reservados às organizadas dentro dos estádios.
Segundo o MPPE, ficou acordado que os clubes ainda terão que implantar sistemas de venda eletrônica exclusiva de ingresso, com uso de catracas de entrada com identificação facial e controle de imagens até 14 de junho de 2025.
