Procissão do Senhor Morto emociona fiéis Centenas de católicos professaram fé em cortejo silencioso nesta Sexta-Feira Santa (18), em Olinda. Cerimônia foi conduzida por dom Paulo Jackson

Allan Lopes

Publicação: 19/04/2025 03:00

Primeiro andor trazia a imagem do corpo de Jesus Cristo falecido; fiéis acompanharam (FRANCISCO SILVA/DP FOTO)
Primeiro andor trazia a imagem do corpo de Jesus Cristo falecido; fiéis acompanharam

O Sítio Histórico de Olinda foi palco da tradicional Procissão do Senhor Morto nesta Sexta-Feira Santa (18). O cortejo, iniciado às 17h na Catedral da Sé, reuniu centenas de fiéis que seguiram em silêncio até a Igreja de São Francisco. Presidida pelo arcebispo de Recife e Olinda, dom Paulo Jackson, a cerimônia incluiu o rito da Adoração à Cruz, que marcou a contemplação do sacrifício de Cristo segundo os ritos da Igreja Católica.

Ao longo do trajeto, foram organizadas estações para relembrar as quedas de Cristo durante o caminho até o Calvário. Nas pausas eram feitas leituras e reflexões bíblicas. Em uma dessas paradas, Dom Paulo Jackson encorajou os fiéis: “Caminhamos pelas ladeiras de Olinda, proclamando publicamente a nossa fé. Anunciamos que Deus, em Jesus Cristo, é o amor ressuscitado que se entregou por nós, para nos lavar, nos renovar e nos dar uma vida nova. Nele fomos batizados e, por Ele, também somos testemunhas. Sigamos firmes na nossa profissão de fé: cantando, caminhando e seguindo os passos de Jesus, que morreu por nós e, nesta Páscoa, ressuscita para nos conceder a vida”, celebrou.

No meio de centenas de devotos, quatro andores chamavam a atenção. O primeiro, que abria o cortejo, trazia a imagem do corpo de Jesus falecido, seguido pelas representações de Maria, mãe de Jesus, o apóstolo João e Maria Madalena.

A Procissão do Senhor Morto é apenas uma das cerimônias da Igreja Católica na Sexta-Feira Santa. Antes, às 15h, houve o rito de Adoração à Cruz, no qual os fiéis beijam e adoram o Cristo Cruficado. O momento, bastante solene, não é chamado de missa porque não há consagração do pão e do vinho – portanto, não se celebra a Eucaristia. Mas o povo comunga as hóstias que foram consagradas no dia anterior.