DP+SOCIAL » Transformando vidas com o taekwondo Iniciativa surgiu como uma extensão do projeto Patrulha Escolar da PMPE e já vem sendo desenvolvida em escolas do Grande Recife

ADELMO LUCENA

Publicação: 09/04/2025 03:00

Tanto em Camaragibe como no Recife, o projeto é conduzido por militares da PMPE (DIVULGAÇÃO)
Tanto em Camaragibe como no Recife, o projeto é conduzido por militares da PMPE

É na quadra da escola, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, que o projeto social Artes que Mudam vem desenhando novos caminhos para crianças e jovens da comunidade. Criado há um ano, o projeto tem como ferramenta de transformação social o taekwondo, arte marcial de origem coreana que utiliza movimentos de ataque e defesa com os pés e as mãos.

A iniciativa surgiu como uma extensão dos projetos da Patrulha Escolar da Polícia Militar de Pernambuco na Escola Torquato de Castro, com uma turma inicial de 110 alunos, sob a supervisão do sargento PM De Lima, da Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos (DASDH) e um dos professores de taekwondo. Ele conta que a ideia nasceu de uma conversa informal sobre a importância de aproximar os policiais da comunidade escolar. O Artes que Mudam ganhou ainda mais relevância ao expandir-se para a Escola Nelson Chaves, onde 35 jovens, entre meninos e meninas de 10 a 18 anos, passaram a integrar uma nova turma.

EXPANSÃO
“Após o sucesso do projeto, resolvi ampliar o esporte para uma escola localizada no bairro mais violento da área de Camaragibe: Tabatinga. Muitos alunos moram perto de pontos de tráfico de drogas e não têm acompanhamento familiar. Então, cerca de seis meses depois, iniciamos o projeto na Escola Nelson Chaves”, relata.

As aulas, realizadas nas quadras das escolas dentro das próprias comunidades, tornaram-se um espaço de acolhimento. Neles, os alunos encontram incentivo para superar desafios e aprendem valores como respeito, disciplina e resiliência.

“O taekwondo é uma arte marcial milenar, criada com o intuito de proteger aldeias durante a guerra. Hoje, é um esporte olímpico que promove integração e socialização. Tornou-se não apenas uma arte marcial, mas um esporte educativo”, explica De Lima.

A iniciativa se expandiu também para o Recife, chegando à Escola Manoel Marques, no bairro da Bomba do Hemetério, sob a coordenação do cabo PM Pedro, do 12º BPM. Os 30 alunos iniciantes da unidade fortalecem o compromisso do projeto de transformar vidas.

“Nosso principal objetivo é proporcionar um ambiente saudável, construindo valores não só no tatame, mas também em casa, com os familiares, e na escola. Treinamos cada aluno com todo cuidado, para que cresçam como cidadãos responsáveis”, ressalta o sargento.