Publicação: 11/06/2025 03:00
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Com os cursos, as mulheres ganham um novo caminho |
Na periferia da zona norte do Recife, uma semente plantada em 2010 segue germinando esperança. A Sempre Viva, Organização da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos, nasceu com a missão de oferecer moradia digna a mulheres vivendo com HIV/AIDS e seus filhos. Em 15 anos, a instituição se reinventou, abrindo caminhos para o empreendedorismo, a sustentabilidade e o empoderamento feminino, com impacto na vida de mais de 500 pessoas por mês.
O início da trajetória foi marcado por acolhimento e cuidado. As mulheres, então rejeitadas por suas famílias e pela sociedade, encontraram na casa mantida pela Sempre Viva um porto seguro. “A gente acolhia com dignidade. Acompanhava a saúde, as crianças, e preparava para que saíssem dali prontas para recomeçar”, conta Alexandre Ruiz, diretor da instituição.
Mas, com o passar dos anos, diminuiu a demanda por abrigos segregados. Com olhar atento às necessidades emergentes das comunidades vizinhas, nasceu uma nova missão: investir nas mulheres das periferias como eixo de transformação social.
Hoje, a Sempre Viva atua a partir de três pilares: social, econômico e ambiental. Através de ações assistenciais e projetos socioeducativos, busca não só diminuir a fome, mas também romper com o ciclo da pobreza. São mais de 100 mulheres e jovens atendidos regularmente com cursos, oficinas e formações voltadas à geração de renda e à inserção no mercado de trabalho.