Voo Recife-Madri volta a dar problema
Mais uma vez, a aeronave responsável pela rota, inaugurada há menos de uma semana, apresentou falha técnica e retornou ao aeroporto
Publicação: 14/06/2025 06:00
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Esse foi o segundo voo da rota recém-inaugurada e, novamente, apresentou falhas |
Pela segunda vez em uma única semana, o voo da rota Recife-Madri (Espanha), da Azul Linhas Aéreas em parceria com a empresa Euroatlantic, registrou problemas e precisou retornar ao Aeroporto do Recife. Na noite da última quinta-feira (12), o voo - que estava previsto para decolar às 19h10, mas só deixou o aeroporto às 23h5 - precisou passar mais de três horas dando voltas para gastar o combustível e pousar com tranquilidade. ao mar
A Azul, companhia aérea responsável pela operação do voo, divulgou, em nota, que o retorno do segundo voo para o Aeroporto do Recife foi devido a questões técnicas, mas não deu detalhes. Da primeira vez, a informação é de que o problema ocorreu após a verificação de uma falha nos flaps - equipamentos que ficam nas asas do avião e auxiliam mos procedimentos de pouso e decolagem.
“A Azul informa que a tripulação do voo AD8000 (Recife-Madri) desta quinta-feira, dia 12, operado pela Euroatlantic Airways, solicitou retorno ao aeroporto de Recife, devido a questões técnicas. A decisão se deu de forma preventiva, de acordo com protocolos de segurança operacional. O pouso aconteceu sem qualquer intercorrência e os clientes foram desembarcados normalmente e em total segurança”.
Ainda de acordo com a companhia aérea, todos os passa geiros foram devidamente assistidos, conforme previsto na Resolução 400 da Anac. A Azul ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial da Companhia”, informou.
INAUGURAL
Isso já tinha acontecido na terça-feira (10), durante o voo inaugural da rota Recife-Madri, quando a mesma aeronave foi forçada a retornar ao aeroporto “Um descaso”, lamentou o advogado Sergio Poggi Aubert que esteve presente neste voo inaugural. Segundo ele, desconforto e indignação resumem a experiência da última terça-feira. Ele comentou que o caos começou desde o momento em que colocou seus pés na aeronave. “A sensação de uma aeronave estranha. Poltronas velhas, cintos desgastados, telas de multimídia apagadas”, contou ele ao Diario de Pernambuco. O combo de problemas se estendia ao som dos avisos dados pelo comissário e comandante. “Inaudível, péssimo. Não dava para entender nada”, contou. E não só pela qualidade do equipamento. “Sou acostumado com o sotaque português, mas pouco se entendia o que o comandante falava”.
O advogado também foi surpreendido pelo tratamento pouco cordial recebido a bordo. “Nitidamente, percebia-se que eles estavam nervosos”, avaliou o estado do staff da Euroatlantic, que a cada minuto na aeronave, não a toa, parecia contaminar os passageiros. Até retornarem à pista do Aeroporto dos Guararapes, Sergio e os outros passageiros não tiveram informações sobre o que estava acontecendo, o que só aumentou a tensão. “Quando a gente achava que iria aterrissar, o avião arremetia. Era uma sensação de insegurança, de medo, de desconforto. Nos proibiram de levantar da poltrona. Não nos deixaram nem ir ao banheiro, chegaram a trancar a porta”, relatou o advogado.