Jovens são assassinados em Camaragibe Os três rapazes estavam na casa de um deles quando o crime ocorreu. Pais de duas vítimas falaram em envolvimento deles com drogas

Publicação: 02/07/2025 03:00


Três adolescentes foram assassinados a tiros dentro de uma residência, em Camaragibe, no Grande Recife. O triplo homicídio aconteceu por volta das 22h de segunda (30), na Rua Costa e Silva, em Jardim Primavera. Eles foram identificados como André Ricardo da Silva Albuquerque Filho, Pablo Henrique da Silva Oliveira, ambos de 17 anos, e Vitor Gabriel da Silva Mota, 16 anos.

A autoria e a motivação do crime estão sendo investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de Pernambuco. Na manhã de ontem, os corpos foram liberados pelo Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. A casa onde aconteceu o crime era alugada, na qual residia Pablo e a mãe, que não estava na residência no momento do ocorrido.

FAMÍLIAS
De acordo com familiares, que não quiseram se identificar, o trio iria se reunir com garotas no local. “Estou sem conseguir comer. Não tenho nem fome e nem lágrimas para chorar”, afirmou o pai de Pablo Henrique, que também era usuário de drogas. O homem disse, também, que ouviu informações sobre como teria sido praticado o crime. “Uma pessoa chegou de moto, entrou na casa e disparou contra eles e fugiu. Foi o que soube”, disse.

O pai de Pablo contou, ainda, que recebeu um áudio do filho na noite de segunda, mas não conseguiu escutar, pois estava cansado do trabalho. “Acordei com a minha família ligando para falar da morte do filho”, comentou.

Já o pai de André Ricardo disse que seu filho “não deu ouvidos a seus conselhos” e acredita que a morte possa ter relação com drogas. “A gente já estava esperando. Só que não esperava que seria tão rápido”, afirmou. “

Eu não vou pedir justiça, porque, infelizmente, não foi falta de conselho. A justiça só se for a de Deus, porque do homem, eu não preciso pedir não. Isso que aconteceu não foi falta de conselho da minha parte, da parte da minha atual esposa, da minha mãe, do meu pai”, declarou. Ele contou que o filho havia retornado aos estudos e estava no 9º ano do ensino fundamental. Preferindo não ser identificado, o padrasto de Vitor Gabriel relatou apenas que o afilhado era barbeiro e teria saído de casa para cortar o cabelo de uma pessoa.