Publicação: 27/07/2014 03:00
![]() | |
Obras do escultor estão espalhadas por parques, ruas e instituições pernambucanas |
Manifestações folclóricas, episódios históricos, personalidades políticas e artistas consagrados estão entre os temas dos monumentos construídos por Abelardo da Hora, que podem ser visitados em ambientes públicos da Região Metropolitana do Recife. O Viver preparou uma lista especial com a localização dessas estátuas e murais, que estão em praças, hospitais, ruas, universidades e parques. A cidade é uma verdadeira exposição do artista ao ar livre. A escultura mais recente é O artilheiro, que será inaugurada na próxima quinta-feira, às 19h, na Arena Pernambuco. Gigantes como o vendedor de pirulitos, do Zoológico de Dois Irmãos, os cantadores do Parque 13 de Maio, o vaqueiro da Praça Euclides da Cunha e os retirantes do Parque Dona Lindu fazem parte da vida de gerações de pernambucanos e visitantes.
Lista de obras
Estátua de Luiz Gonzaga na BR-232 (Vitória de Santo Antão)
Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata)
Hospital Miguel Arraes (BR-101, Paulista) - Mural e estátua
Hospital Pelópidas Silveira (BR 232, Curado, Recife) - Mural
Hospital Dom Hélder Câmara (Cabo) - Mural
UFPE (laguinho ao lado do Colégio de Aplicação) - Estátua de Paulo Feire
Aeroporto - Estátua de Gilberto Freyre (área interna) e Estátua de Miguel Arraes (área externa, na Avenida)
Parque Dona Lindu - Monumento aos Retirantes
Shopping Recife (Parque das Esculturas) - Estátua de mulher
Zoológico - Estátua do Vendedor de Pirulitos
Parque 13 de Maio - Cantadores Violeiros
Praça Euclides da Cunha (Internacional) - Sertanejo
Praça Sérgio Loreto - Enéas Freire (Galo da Madrugada) e Monumento à Restauração Pernambucana
Forte das Cinco Pontas (Praça Vital de Negreiros) - Monumento ao Maracatu
Rua da Aurora - Monumento
ao Frevo
Pátio do Carmo (Recife) - Zumbi dos Palmares
Praça da República - Monumento à Revolução Pernambucana (mulher) e Vaultier
Parque 13 de Maio - Estátua Vendedor de Caldo de Cana
Rua do Sol (Centro do Recife) - Mural da Escravatura (perto da Ponte de Ferro)
Mural Edifício Walfrido Antunes – Crianças Pulando Corda
Busto - Assis Chateaubriand - Praça do Diário
Antonio Camelo - Praça do Diário
Universidade Católica - Monumento à Juventude
Busto Augusto Lucena - Cais do Apolo .
Busto Antonio Farias - Palácio Capibaribe
Busto Alberto Ferreira da Costa – Hospital Português
AESO – Monumento ao Estudante
Praça do Terminal de Beberibe – Monumento a Revolução de 1817.
Monumento ao Gari – Avenida Agamennon Magalhães
Estátua de Augusto do Anjos
"Ele continua sendo o mesmo Abelardo e merecendo o mesmo respeito. Em 1952, um amigo chamado Ivan Carneiro sabia que eu gostava de desenhar e me disse que um grupo de artistas estava se reunindo para formar um ateliê. Acabei participando do Atelier Coletivo, que era dirigido por Abelardo. Até hoje sou influenciado por sua orientação de fazer uma arte compreensível para o grande público, retratando a vida do povo, o trabalho, a cultura”
José Cláudio, artista plástico, aluno e parceiro desde o Atelier Coletivo
"Uma coisa bastante visível em sua arte é o sentido de solidariedade humana. Voltado para a comunidade, ele era um modelo do que se costumava chamar de artista engajado. No temperamento combativo, aguerrido e, de certa forma, agressivo, Abelardo, que nunca foi rico, foi espontâneo nessa opção desde jovem. É claro que ele teria que abraçar uma causa, com unhas e dentes”
Francisco Brennand, artista plástico, que dividiu o mesmo quarto com Abelardo quando seu pai, o industrial Ricardo Brennand, o adotou em sua casa e financiou a produção de cerâmica de Abelardo antes de ele completar 20 anos
"Em toda a história da cultura pernambucana, provavelmente não encontraremos alguém tão coerente como Abelardo da Hora, que ao contrário da maioria dos artistas, que tendem a se acomodar com a consagração, está sempre disposto a colaborar com os movimentos culturais, sendo fundador/participante da maioria deles. Ele é de todas as gerações e das lutas pela democratização da cultura”
Paulo Bruscky, artista multimídia, no seu livro Abelardo de todas as horas