Doutorado rende crônicas de uma aventura italiana Livro lançado ontem mostram as experiências e observações do advogado Orlando Morais Neto durante o tempo que morou na cidade de Pisa

André Guerra

Publicação: 19/06/2025 03:00

Formado em Direito, Orlando foi para Itália completar parte de sua pesquisa jurídica (Crysli Viana/DP Foto)
Formado em Direito, Orlando foi para Itália completar parte de sua pesquisa jurídica

Os desafios de se lançar em uma longa pesquisa e de morar fora do país motivaram Orlando Morais Neto a começar a escrever suas experiências. Desde que, despretensiosamente, começou, não parou mais. Formado em Direito pela Unicap, ele foi completar parte de sua pesquisa de Doutorado, voltada para transições jurídicas, por um período de três meses na cidade de Pisa, na Itália. E, enquanto contava suas histórias para amigos e familiares do Brasil, era estimulado a utilizar seu senso de humor na produção de uma obra literária que, de alguma maneira, se transformasse em um manual para as pessoas que também têm vontade de viver uma experiência parecida.

Assim surgiu o livro “Itália, Doutorado e Vinho”, que mergulha nos causos vividos por Orlando ao longo dos meses. A solidão, a distância e a saudade da família, o clima diferente e as dificuldades de aprender uma nova língua estão entre os assuntos tratados na obra que o autor lançou ontem no seu escritório, em Casa Amarela, na presença de seus familiares e amigos da advocacia. 

Os primeiros capítulos são escritos de maneira bastante pessoal, mas, no percurso, o texto começa a tratar de observações sobre outras pessoas. Orlando já tinha ido outras vezes ao país, mas o tempo e o foco na pesquisa proporcionaram um momento único na sua vida, com uma série de desafios práticos que conta minuciosamente na publicação. Ao Viver, Orlando explica as origens do projeto, destacando o senso de humor que permeia a obra. Nos olhos sem pescoço

“As pessoas sempre me diziam que gostavam de me ouvir falando sobre as coisas que estava vivendo na Itália e começaram a sugerir que canalizasse aquilo pra um livro, até como forma de diminuir as tensões e a solidão”, descreve Orlando. “A melhor parte da escrita curiosamente era quando me sentia mais isolado, porque os sentimentos e a vontade de contar aquilo tudo fluía bem, e foi muito gratificante concluir o processo ao chegar no Brasil”.