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Moacyr Campêlo
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Publicação: 21/06/2015 03:00
O Brasil começou a participar dos Jogos Olímpicos em 1920 e, de lá para cá, já se foram 25 edições com o passaporte canarinho carimbado. Mas apenas nas seis últimas edições, a partir de 1992, Pernambuco começou a contribuir para a conquista de oito das 108 trazidas para o país e as apostas nunca estiveram tão altas quanto na edição 2016 do evento, a ser realizado no Rio de Janeiro.
Atualmente, três programas de incentivo servem para estimular a participação e crescimento de pernambucanos no cenário de potenciais medalhistas olímpicos e dois deles devem passar por revisão de critérios e valores ainda este ano. O Bolsa-Atleta, que oferece entre R$ 500 e R$ 2,5 mil ao competidor, e o Time PE, cuja bolsa é de R$ 1 mil para ele e também para seu técnico, devem ser reajustados e a aceitação nos programas terá novas regras, visando futuros ciclos olímpicos, como Tóquio, em 2020. Completa esse tripé o Passaporte Esportivo, que financia viagens de atletas para competições internacionais.
Considerando cenário econômico, desafios enfrentados pelos atletas e, claro, a disparidade abissal com investimentos em esportes mais populares como o futebol, as cifras impressionam justamente porque são inversamente proporcionais à imensa relevância de se ter um atleta num pódio olímpico. Quando a sertaneja Yane Marques conquistou o bronze em 2012, numa modalidade que tantos brasileiros sequer tinham familiaridade, os olhos se voltaram a Pernambuco, que tenta revelar mais nomes no pentatlo moderno: Larissa Lellys e Priscila Oliveira.
O secretário-executivo de Esportes e Lazer, Diego Pérez afirma que estudantes da rede estadual, entre 14 e 17 anos, também poderão concorrer a vagas de intercâmbio internacionais para estudar e treinar temporariamente em centros de referência esportiva, a começar pelo Canadá, no recém-lançado programa Ganhe o mundo esportivo.
Um dos grandes desafios internacionais que deve revelar o quanto se pode esperar dos atletas pernambucanos na Olimpíada brasileira é o Pan-Americano de Toronto, que começa em julho deste ano. Após a competição, o Recife recebe clínicas de teoria e treino de grandes nomes do esporte nacional para acompanhar e auxiliar o desenvolvimento dos potenciais medalhistas do estado. As modalidades que receberão o investimento, custeado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, serão pentatlo moderno, vôlei, basquete e natação - justamente os esportes em que o esteve ou mais se aproximou do pódio, com exceção do futebol.
Estado sediará a primeira edição dos Jogos Paralímpicos
Com o dobro de medalhas que os atletas normalmente reconhecidos pela população brasileira, silenciosos, os atletas paralímpicos locais poderão disputar a primeira edição dos Jogos Paralímpicos de Pernambuco, iniciativa inédita no estado que será realizada no segundo semestre deste ano. A informação, exclusiva, é da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer que prevê uma programação de três meses de competições a partir do final de julho.
Ao todo o Brasil soma 164 medalhas, segundo dados do Comitê Paralímpico Internacional. Destas, 16 foram conquistadas por cinco pernambucanos, cujos resultados começaram em Barcelona, em 1992. O país se destaca com um crescimento proporcionalmente superior aos dos Jogos Olímpicos convencionais e a expressão do estado é ainda mais relevante entre os paratletas, esperança de medalhas em modalidades como futebol, natação e arremessos de peso ou disco.
Não por acaso, os Jogos Paralímpicos locais podem servir de vitrine dos competidores, bem como do próprio estado, em termos de investimentos para que resultados mais expressivos possam ser uma realidade a partir do Rio de Janeiro, em 2016.