Publicação: 21/01/2017 03:00
Se o cinema comercial abre menos oportunidades para mulheres, as produções independentes abarcam um volume maior de profissionais do sexo feminino. “É muito bom, tem uma heterogeneidade muito grande, não é um movimento, é uma diversidade”, diz a cineasta Katia Mesel sobre a maior participação feminina fora do circuito mais tradicional. Diretora de mais de 300 documentários e uma das pioneiras do audiovisual em Pernambuco, ela afirma que não sentiu dificuldades ao ingressar no meio, o que credita também ao espírito mais libertário dos anos 1960. “Mas, com o passar do tempo, comecei a sofrer (preconceito) não exatamente por ser mulher, mas por ser nordestina”, ressalta.
“O espaço de criação de discurso/narrativa é um lugar de muito poder nas sociedades e esse lugar na história sempre foi dos homens, brancos, de determinada localização geográfica”, afirma Maria Cardozo, curadora do Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Fincar), realizado pela primeira vez em 2016. Na avaliação dela, o acesso a esse espaço de criação é muito mais difícil para mulheres. “Se você soma esse poder simbólico ao poder econômico, no caso do cinema comercial, você potencializa toda essa dificuldade de acesso”, acrescenta.
“O espaço de criação de discurso/narrativa é um lugar de muito poder nas sociedades e esse lugar na história sempre foi dos homens, brancos, de determinada localização geográfica”, afirma Maria Cardozo, curadora do Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Fincar), realizado pela primeira vez em 2016. Na avaliação dela, o acesso a esse espaço de criação é muito mais difícil para mulheres. “Se você soma esse poder simbólico ao poder econômico, no caso do cinema comercial, você potencializa toda essa dificuldade de acesso”, acrescenta.
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Machismo de cinema