Publicação: 23/08/2018 03:00
Cenário predominantemente masculino, os filmes de espionagem, não raro, reservam às mulheres o papel de beldades. Meu ex é um espião, em cartaz a partir de hoje, faz uma saudável inversão nesse terrível padrão e dá a duas figuras femininas o papel de protagonistas, sem apelar para outro clichê do gênero: as femme fatales. Estreia da diretora Susanna Fogel, o longa tem Mila Kunis (Cisne negro) e Kate McKinnon (Caça-Fantasmas: Atenda ao chamado) no elenco.
A primeira coisa a se dizer sobre Meu ex é um espião é que não se trata de um representante típico do gênero, mas uma comédia na linha de A espiã que sabia de menos (2015) ou Kingsman (2014). A trama recorre a uma premissa já consagrada no filão de colocar civis no papel de agentes secretos.
No caso, Audrey (Kunis) se vê no meio de uma intriga internacional ao descobrir que o ex-namorado (Justin Theroux) é um espião que detinha um arquivo cobiçado por vários serviços de inteligência e assassinos. De posse desse material, ela embarca com a melhor amiga, Morgan (McKinnon), em viagem pela Europa, para solucionar a questão.
Despretensioso, é uma agradável sessão de cinema, com humor abobalhado em combinação com cenas de ação divertidas e tecnicamente competentes. Susanna Fogel, que divide o roteiro com David Iserson, entrega sequências inesperadamente violentas, que fazem contraste com o tom essencialmente leve da comédia.
McKinnon, que já tem grande bagagem televisiva, mas é um rosto relativamente novo no cinema, é a responsável pelos momentos mais engraçados. Kunis, por sua vez, também se sai bem como personagem mais certinha. Entrosada, a dupla convence e as duas parecem, de fato, amigas. Merece destaque, ainda, a presença breve de dois veteranos da TV, Gillian Anderson (Arquivo X) e Paul Reiser (Mad about you).
Talvez o título não soe exatamente atraente, mas Meu ex é um espião é uma comédia bem resolvida e original, mesmo quando reverencia ou satiriza outras produções do gênero. A única ressalva é a duração da trama, esticada em alguns trechos. Uma divertida produção, com carisma de sobra para virar uma franquia. (Breno Pessoa)
A primeira coisa a se dizer sobre Meu ex é um espião é que não se trata de um representante típico do gênero, mas uma comédia na linha de A espiã que sabia de menos (2015) ou Kingsman (2014). A trama recorre a uma premissa já consagrada no filão de colocar civis no papel de agentes secretos.
No caso, Audrey (Kunis) se vê no meio de uma intriga internacional ao descobrir que o ex-namorado (Justin Theroux) é um espião que detinha um arquivo cobiçado por vários serviços de inteligência e assassinos. De posse desse material, ela embarca com a melhor amiga, Morgan (McKinnon), em viagem pela Europa, para solucionar a questão.
Despretensioso, é uma agradável sessão de cinema, com humor abobalhado em combinação com cenas de ação divertidas e tecnicamente competentes. Susanna Fogel, que divide o roteiro com David Iserson, entrega sequências inesperadamente violentas, que fazem contraste com o tom essencialmente leve da comédia.
McKinnon, que já tem grande bagagem televisiva, mas é um rosto relativamente novo no cinema, é a responsável pelos momentos mais engraçados. Kunis, por sua vez, também se sai bem como personagem mais certinha. Entrosada, a dupla convence e as duas parecem, de fato, amigas. Merece destaque, ainda, a presença breve de dois veteranos da TV, Gillian Anderson (Arquivo X) e Paul Reiser (Mad about you).
Talvez o título não soe exatamente atraente, mas Meu ex é um espião é uma comédia bem resolvida e original, mesmo quando reverencia ou satiriza outras produções do gênero. A única ressalva é a duração da trama, esticada em alguns trechos. Uma divertida produção, com carisma de sobra para virar uma franquia. (Breno Pessoa)