O guitar hero vem aí!
Você já cantarolou solos de guitarra dele. Chegou a hora de ver Slash em ação pela primeira vez em Pernambuco
Publicação: 01/06/2019 03:00
Slash um dos guitarristas mais famosos da história, fará seu primeiro show em Pernambuco sábado, no Classic Hall. Conhecido por ter integrado o ápice do Guns n’ Roses, o músico apresentará a turnê Live the dream, da superbanda Slash ft. Myles Kennedy & The Conspirators. O projeto conjunto vem sendo realizado desde 2010 ao lado dos músicos Myles Kennedy (vocalista do Alter Bridge), Brent Fitz (bateria), Todd Kerns (baixo) e Frank Sidoris (guitarra e vocais).
A turnê brasileira começou em 21 de maio. Nos shows, o repertório agregou, em maior parte, canções do Live the dream (2018), o mais recente da banda, e faixas dos outros discos, Apocalyptic love (2012) e World on fire (2014), além de músicas do álbum solo Slash (2010). Para os entusiastas do Guns, a banda tocará o clássico Nightrain. Live the dream chegou ao público em setembro, pouco após o guitarrista retornar ao Guns. Slash saiu do grupo em 1996, tendo participado de cinco discos. Lançou ainda álbuns com projetos como Slash’s Snakepit, o elogiado Velvet Revolver e apenas um solo.
Inédito no Recife, o Slash ft. Myles Kennedy & The Conspirators já se apresentou no Brasil em 2015. O guitarrista contabiliza passagens no país desde o início da carreira. “Tenho uma história antiga com o país, desde o meio dos anos 1980. Foi o período em que tive acesso ao público brasileiro e o primeiro show que fiz, obviamente, foi com a banda Guns n’ Roses. E depois, todas as vezes que voltei ao Brasil, tive ótimas respostas em todas as partes”, disse ele, ao Correio Braziliense.
Slash alcançou uma popularidade considerável. Isso ainda no primeiro álbum do Guns, Appetite for destruction (1986), nunca ficando muito abaixo do vocalista Axl Rose. Parte disso vem pelo estilo singular: madeixas volumosas, a cartola, roupas marcantes - antes de a banda deslanchar, foi figurinista em Los Angeles, trabalhando com artistas como David Bowie e Ringo Starr. Além disso, destacou-se pela presença de palco e solos memoráveis também no estúdio, como nos clássicos Welcome to the jungle, Sweet child o’ mine e Mr. Brownstone.
Sua saída do grupo, em 1996, chocou a legião de fãs pelo mundo. Slash poderia ter se transformado alvo de críticas por ter desmembrado a formação clássica, mas inúmeros fatores fizeram com que ele continuasse respeitado. “Ele quis fazer projetos menores e continuar outra linha criativa. Por isso, virou uma certa referência no imaginário de autenticidade”, diz Jeder Janotti Jr, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE na linha Estética e Culturas do Som e organizador dos livros Aumenta que isso aí é rock and roll (2003) e Heavy metal com dendê (2004).
“A própria Guns n’ Roses se constrói a partir dessa originalidade do Slash, que é um roqueiro contestador. O Axl Rose também é uma figura marcante, mas tem um histórico de incoerências e alguns oportunismos, como quando ele aceita ser vocalista convidado do AC/DC em 2016. Isso gerou uma crise dentro da banda”, continua. “Acredito que o Slash apresentou, até então, uma carreira relativamente consistente. Ele tem projetos solos interessantes, mas principalmente pela postura de fazer críticas em alguns momentos, até mesmo em torno do que o Guns foi se tornando. Ele manteve um ethos do roqueiro que não se vende para superproduções, cumprindo esse papel fundamental do rock: o do guitar hero”.
No pós-Guns, Jeder destaca o projeto Velvet Revolver (que lançou Contraband, em 2004, e Libertad, em 2007). “Esse projeto tem pegada de rock clássico, com enfoque na guitarra, algo que enfatiza essa coerência dele. O Slash sempre foi um artista que manteve um posicionamento e fez muito coisa para preservar isso, incluindo abrir mão de estar em uma das maiores bandas do mundo.”
Marca de sucesso
O pernambucano Elvis Miranda, 31 anos, é proprietário da loja Vinil Alternativo (R. Sete de Setembro, 105, loja 5, Boa Vista), dando continuidade ao trabalho dos pais. “Sempre vendemos muitos artigos do Slash, como camisa, boné, vinis e CDs, porque além de ter uma carreira solo de êxito, ele sempre foi uma figura muito icônica. Sempre será lembrado, pois o Guns é uma banda inesquecível”, diz o recifense, fã declarado do grupo. “Até hoje, várias pessoas procuram uma camiseta que o Slash usou no show de Tokyo, na turnê Use your illusion. É uma estampa com o personagem Pepé Le Pew, animação da Warner”, conta. “Teve gente que amanheceu na porta da loja para comprar esse álbum, já que não existia sequer o formato MP3. Foi um disco que marcou a geração dos anos 1990.”
Serviço
Slash ft. Myles Kennedy & The Conspirators
Quando: sábado, a partir das 22h
Onde: Classic Hall (Av. Agamenon Magalhães, s/n, Salgadinho, Olinda)
Quanto: R$ 200 (arena), R$ 100 (meia), R$ 440 (frontstage), R$ 220 (meia) e R$ 1800 (camarote para 10 pessoas)
A turnê brasileira começou em 21 de maio. Nos shows, o repertório agregou, em maior parte, canções do Live the dream (2018), o mais recente da banda, e faixas dos outros discos, Apocalyptic love (2012) e World on fire (2014), além de músicas do álbum solo Slash (2010). Para os entusiastas do Guns, a banda tocará o clássico Nightrain. Live the dream chegou ao público em setembro, pouco após o guitarrista retornar ao Guns. Slash saiu do grupo em 1996, tendo participado de cinco discos. Lançou ainda álbuns com projetos como Slash’s Snakepit, o elogiado Velvet Revolver e apenas um solo.
Inédito no Recife, o Slash ft. Myles Kennedy & The Conspirators já se apresentou no Brasil em 2015. O guitarrista contabiliza passagens no país desde o início da carreira. “Tenho uma história antiga com o país, desde o meio dos anos 1980. Foi o período em que tive acesso ao público brasileiro e o primeiro show que fiz, obviamente, foi com a banda Guns n’ Roses. E depois, todas as vezes que voltei ao Brasil, tive ótimas respostas em todas as partes”, disse ele, ao Correio Braziliense.
Slash alcançou uma popularidade considerável. Isso ainda no primeiro álbum do Guns, Appetite for destruction (1986), nunca ficando muito abaixo do vocalista Axl Rose. Parte disso vem pelo estilo singular: madeixas volumosas, a cartola, roupas marcantes - antes de a banda deslanchar, foi figurinista em Los Angeles, trabalhando com artistas como David Bowie e Ringo Starr. Além disso, destacou-se pela presença de palco e solos memoráveis também no estúdio, como nos clássicos Welcome to the jungle, Sweet child o’ mine e Mr. Brownstone.
Sua saída do grupo, em 1996, chocou a legião de fãs pelo mundo. Slash poderia ter se transformado alvo de críticas por ter desmembrado a formação clássica, mas inúmeros fatores fizeram com que ele continuasse respeitado. “Ele quis fazer projetos menores e continuar outra linha criativa. Por isso, virou uma certa referência no imaginário de autenticidade”, diz Jeder Janotti Jr, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE na linha Estética e Culturas do Som e organizador dos livros Aumenta que isso aí é rock and roll (2003) e Heavy metal com dendê (2004).
“A própria Guns n’ Roses se constrói a partir dessa originalidade do Slash, que é um roqueiro contestador. O Axl Rose também é uma figura marcante, mas tem um histórico de incoerências e alguns oportunismos, como quando ele aceita ser vocalista convidado do AC/DC em 2016. Isso gerou uma crise dentro da banda”, continua. “Acredito que o Slash apresentou, até então, uma carreira relativamente consistente. Ele tem projetos solos interessantes, mas principalmente pela postura de fazer críticas em alguns momentos, até mesmo em torno do que o Guns foi se tornando. Ele manteve um ethos do roqueiro que não se vende para superproduções, cumprindo esse papel fundamental do rock: o do guitar hero”.
No pós-Guns, Jeder destaca o projeto Velvet Revolver (que lançou Contraband, em 2004, e Libertad, em 2007). “Esse projeto tem pegada de rock clássico, com enfoque na guitarra, algo que enfatiza essa coerência dele. O Slash sempre foi um artista que manteve um posicionamento e fez muito coisa para preservar isso, incluindo abrir mão de estar em uma das maiores bandas do mundo.”
Marca de sucesso
O pernambucano Elvis Miranda, 31 anos, é proprietário da loja Vinil Alternativo (R. Sete de Setembro, 105, loja 5, Boa Vista), dando continuidade ao trabalho dos pais. “Sempre vendemos muitos artigos do Slash, como camisa, boné, vinis e CDs, porque além de ter uma carreira solo de êxito, ele sempre foi uma figura muito icônica. Sempre será lembrado, pois o Guns é uma banda inesquecível”, diz o recifense, fã declarado do grupo. “Até hoje, várias pessoas procuram uma camiseta que o Slash usou no show de Tokyo, na turnê Use your illusion. É uma estampa com o personagem Pepé Le Pew, animação da Warner”, conta. “Teve gente que amanheceu na porta da loja para comprar esse álbum, já que não existia sequer o formato MP3. Foi um disco que marcou a geração dos anos 1990.”
Serviço
Slash ft. Myles Kennedy & The Conspirators
Quando: sábado, a partir das 22h
Onde: Classic Hall (Av. Agamenon Magalhães, s/n, Salgadinho, Olinda)
Quanto: R$ 200 (arena), R$ 100 (meia), R$ 440 (frontstage), R$ 220 (meia) e R$ 1800 (camarote para 10 pessoas)
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