De Ouricuri para 400 milhões de views
Novo trabalho de Zé Vaqueiro, "Ser tão eu", traz regravações que marcaram época, como "Chão de giz", de Zé Ramalho, em versão de piseiro
Pedro Cunha
Especial para o Diario
Publicação: 11/03/2024 03:00
O ritmo que Zé Vaqueiro carrega na veia nasceu na pandemia. O piseiro, uma variação do forró, tem ganhado cada vez mais investimentos das produtoras, espaços com apresentações lotadas e milhões de plays nas plataformas digitais. O pernambucano de Ouricuri, cidade do sertão, começou ainda criança a se interessar pela música ao acompanhar a mãe, que era cantora, em shows. Da infância humilde, Zé vive atualmente uma ascensão meteórica, com músicas que encabeçam as listas de mais tocadas no Brasil.
“A gente nunca sabe a hora, mas eu sempre pedi a Deus para me preparar. Precisei ter sabedoria, discernimento e maturidade. Sempre tem aquele que acaba desacreditando e eu passei por isso também”, analisa Zé, que deu um passo importante na carreira com a gravação do seu primeiro DVD, na última quinta (7), no Classic Hall. O novo trabalho ‘Ser tão eu’, que é uma aposta para o São João, representa a essência do cantor e mostra simbolicamente toda a trajetória da carreira de sete anos.
No projeto, que vai ser lançado neste semestre, Zé Vaqueiro vai do romantismo à vaquejada, motivo pelo qual se tornou conhecido nacionalmente. O novo trabalho também traz regravações que marcaram época, como ‘Chão de giz’, de Zé Ramalho, numa versão de piseiro; e ‘Sonho por sonho’, da dupla Leandro e Leonardo. Entre os novos hits que vêm como aposta do pernambucano, tem ‘Neon’, sucesso na voz de Ana Castela. Além disso, conta com participações de João Gomes, na canção ‘Arriadin por tu’; Murilo Huff, em ‘Emocionalmente Envolvido’; e Manu Bahtidão, com quem divide os vocais em ‘Baby’.
“É um trabalho que busca trazer várias características de tudo que já fizemos até hoje. Buscamos entender tudo que as pessoas já se identificaram, com misturas de músicas alegres, românticas, de tudo. Esse é o toque especial do DVD”, revela o cantor. “Ele (o DVD) veio em um momento difícil que estou vivendo, mas Deus me mostrou que eu estava preparado agora, com experiência e maturidade”, acrescenta, em relação ao desafio pessoal que vive com Arthur, filho caçula de sete meses, internado desde que nasceu devido à Síndrome de Patau, uma anomalia congênita.
Perguntado sobre quais os planos para a carreira, Zé Vaqueiro diz que quer ir além do que imagina e sonha em deixar seu nome como legado, mas sempre colocando os interesses da família à frente de cada decisão. “Meu maior sonho é ser capaz de conseguir lá na frente olhar atrás e falar ‘consegui deixar tudo organizado’. Creio que estou só começando, e que tudo que passei foi experiência para eu ter maturidade e posicionamento”.
Trajetória
O cantor, de 25 anos, soma mais de 4 milhões de ouvintes mensais somente em uma plataforma digital. O clipe de ‘Tenho Medo’, um dos maiores sucessos, tem 400 milhões de views no YouTube. Mas até chegar a esses números grandiosos Zé Vaqueiro conquistou primeiro os habitantes de Ouricuri, sua terra natal.
“Gravamos 50 unidades de um CD caseiro. Comprei aqueles ‘tubos’ que vinham com discos, os plásticos e fui numa lan house para imprimir as folhas com uma foto minha e meu nome. Fomos distribuindo para os feirantes, em festas, cidades vizinhas... nem vendíamos. Comecei fazendo showzinhos de graça até que o povo começou a gostar e contratar”, conta, como promoveu sua carreira na cidade de 65 mil habitantes.
Para Zé, a internet foi peça-chave na divulgação do seu trabalho, numa época em que os shows não aconteciam de forma presencial. “Vários artistas estouraram naquele período (de pandemia) e até hoje tem várias pessoas surgindo, uma nova geração. A internet deu uma facilidade imensa para aumentar a visibilidade desses artistas. Eu surgi da internet também e vejo o quanto ela ajuda as pessoas que estão começando”.
Atravessando as fronteiras do Brasil, o músico já levou o piseiro para outros países, como os Estados Unidos. “Eu me sinto muito honrado em poder levar a música nordestina para lugares que nem imaginei”, diz Zé, que não tem medo de alçar voos ainda maiores.
“A gente nunca sabe a hora, mas eu sempre pedi a Deus para me preparar. Precisei ter sabedoria, discernimento e maturidade. Sempre tem aquele que acaba desacreditando e eu passei por isso também”, analisa Zé, que deu um passo importante na carreira com a gravação do seu primeiro DVD, na última quinta (7), no Classic Hall. O novo trabalho ‘Ser tão eu’, que é uma aposta para o São João, representa a essência do cantor e mostra simbolicamente toda a trajetória da carreira de sete anos.
No projeto, que vai ser lançado neste semestre, Zé Vaqueiro vai do romantismo à vaquejada, motivo pelo qual se tornou conhecido nacionalmente. O novo trabalho também traz regravações que marcaram época, como ‘Chão de giz’, de Zé Ramalho, numa versão de piseiro; e ‘Sonho por sonho’, da dupla Leandro e Leonardo. Entre os novos hits que vêm como aposta do pernambucano, tem ‘Neon’, sucesso na voz de Ana Castela. Além disso, conta com participações de João Gomes, na canção ‘Arriadin por tu’; Murilo Huff, em ‘Emocionalmente Envolvido’; e Manu Bahtidão, com quem divide os vocais em ‘Baby’.
“É um trabalho que busca trazer várias características de tudo que já fizemos até hoje. Buscamos entender tudo que as pessoas já se identificaram, com misturas de músicas alegres, românticas, de tudo. Esse é o toque especial do DVD”, revela o cantor. “Ele (o DVD) veio em um momento difícil que estou vivendo, mas Deus me mostrou que eu estava preparado agora, com experiência e maturidade”, acrescenta, em relação ao desafio pessoal que vive com Arthur, filho caçula de sete meses, internado desde que nasceu devido à Síndrome de Patau, uma anomalia congênita.
Perguntado sobre quais os planos para a carreira, Zé Vaqueiro diz que quer ir além do que imagina e sonha em deixar seu nome como legado, mas sempre colocando os interesses da família à frente de cada decisão. “Meu maior sonho é ser capaz de conseguir lá na frente olhar atrás e falar ‘consegui deixar tudo organizado’. Creio que estou só começando, e que tudo que passei foi experiência para eu ter maturidade e posicionamento”.
Trajetória
O cantor, de 25 anos, soma mais de 4 milhões de ouvintes mensais somente em uma plataforma digital. O clipe de ‘Tenho Medo’, um dos maiores sucessos, tem 400 milhões de views no YouTube. Mas até chegar a esses números grandiosos Zé Vaqueiro conquistou primeiro os habitantes de Ouricuri, sua terra natal.
“Gravamos 50 unidades de um CD caseiro. Comprei aqueles ‘tubos’ que vinham com discos, os plásticos e fui numa lan house para imprimir as folhas com uma foto minha e meu nome. Fomos distribuindo para os feirantes, em festas, cidades vizinhas... nem vendíamos. Comecei fazendo showzinhos de graça até que o povo começou a gostar e contratar”, conta, como promoveu sua carreira na cidade de 65 mil habitantes.
Para Zé, a internet foi peça-chave na divulgação do seu trabalho, numa época em que os shows não aconteciam de forma presencial. “Vários artistas estouraram naquele período (de pandemia) e até hoje tem várias pessoas surgindo, uma nova geração. A internet deu uma facilidade imensa para aumentar a visibilidade desses artistas. Eu surgi da internet também e vejo o quanto ela ajuda as pessoas que estão começando”.
Atravessando as fronteiras do Brasil, o músico já levou o piseiro para outros países, como os Estados Unidos. “Eu me sinto muito honrado em poder levar a música nordestina para lugares que nem imaginei”, diz Zé, que não tem medo de alçar voos ainda maiores.