'Parque de diversões' de Nelson Leirner no Recife
Famoso por utilizar meios e mídias pouco tradicionais, artista plástico tem sua primeira mostra póstuma exibida a partir de amanhã na Caixa Cultural
Publicação: 11/09/2024 03:00
A primeira exposição póstuma de Nelson Leirner, intitulada "Parque de Diversões", chega amanhã à Caixa Cultural Recife e fica em cartaz até 10 de novembro com 74 trabalhos do artista, entre objetos, pinturas, colagens e outros, com curadoria de Agnaldo Farias. A abertura terá visita guiada com o curador, às 20h.
Na sexta-feira, às 16h, Agnaldo Farias também realiza palestra aberta ao público. E no dia 10 de novembro, às 16h, será realizada outra visita guiada, desta vez com Júlia Borges Arana, produtora executiva da Phi, correalizadora da mostra.
Famoso por utilizar meios e mídias pouco tradicionais, Leirner estudou engenharia têxtil e pintura, na década de 1950. O resultado dessa base é a construção de uma história versátil e bem-humorada que estará em evidência nos trabalhos produzidos nos últimos 20 anos da vida de Leirner.
Foram selecionadas pinturas, fotografias, estatuetas, imagens miniaturas, obras em tapeçaria, técnicas mistas, colagens, releituras da Mona Lisa e objetos onde a ironia dá o tom e que fazem um passeio pelo "parque de diversões" que era a mente de Nelson Leirner, talvez um dos mais versáteis artistas contemporâneos.
Algumas obras da série "Assim é... se lhe parece", por exemplo, trazem colagens que misturam o universo da Disney com mapas e mundos. Outras como "Missa móvel dupla" e "Futebol" são pontos para que o público observe como o artista respeita o poder dos fetiches religiosos.
No desenho curatorial não faltam referências históricas de Leirner com exemplares de séries e ações nas décadas de 1960 e 1970. "Nosso objetivo é mostrar a obra onívora que se alimenta de aspectos da vida cotidiana, mas não só, também discute a figura do artista - esse homem incomum, esse gênio que as plateias cultuam com uma admiração, como diria o pernambucano Nelson Rodrigues, "verdadeiramente abjeta". Discute a natureza da obra de arte - ou aquilo que habitualmente é entendido como sendo arte -; e, por fim, discute a sobredeterminação de ambos pela história, pelo modo como estão enredadas num jogo", explica o curador.
Nascido em São Paulo em 1932, Leirner foi um pioneiro da arte intermídia e uma figura central na vanguarda brasileira. Fundador do Grupo Rex e premiado na Bienal de Tóquio, incorporou elementos da cultura popular em suas obras e recebeu diversos prêmios, como o APCA de Melhor Exposição Retrospectiva, em 1994.
Na sexta-feira, às 16h, Agnaldo Farias também realiza palestra aberta ao público. E no dia 10 de novembro, às 16h, será realizada outra visita guiada, desta vez com Júlia Borges Arana, produtora executiva da Phi, correalizadora da mostra.
Famoso por utilizar meios e mídias pouco tradicionais, Leirner estudou engenharia têxtil e pintura, na década de 1950. O resultado dessa base é a construção de uma história versátil e bem-humorada que estará em evidência nos trabalhos produzidos nos últimos 20 anos da vida de Leirner.
Foram selecionadas pinturas, fotografias, estatuetas, imagens miniaturas, obras em tapeçaria, técnicas mistas, colagens, releituras da Mona Lisa e objetos onde a ironia dá o tom e que fazem um passeio pelo "parque de diversões" que era a mente de Nelson Leirner, talvez um dos mais versáteis artistas contemporâneos.
Algumas obras da série "Assim é... se lhe parece", por exemplo, trazem colagens que misturam o universo da Disney com mapas e mundos. Outras como "Missa móvel dupla" e "Futebol" são pontos para que o público observe como o artista respeita o poder dos fetiches religiosos.
No desenho curatorial não faltam referências históricas de Leirner com exemplares de séries e ações nas décadas de 1960 e 1970. "Nosso objetivo é mostrar a obra onívora que se alimenta de aspectos da vida cotidiana, mas não só, também discute a figura do artista - esse homem incomum, esse gênio que as plateias cultuam com uma admiração, como diria o pernambucano Nelson Rodrigues, "verdadeiramente abjeta". Discute a natureza da obra de arte - ou aquilo que habitualmente é entendido como sendo arte -; e, por fim, discute a sobredeterminação de ambos pela história, pelo modo como estão enredadas num jogo", explica o curador.
Nascido em São Paulo em 1932, Leirner foi um pioneiro da arte intermídia e uma figura central na vanguarda brasileira. Fundador do Grupo Rex e premiado na Bienal de Tóquio, incorporou elementos da cultura popular em suas obras e recebeu diversos prêmios, como o APCA de Melhor Exposição Retrospectiva, em 1994.