Totalmente cinematográfica
Às vésperas do Globo de Ouro, Viver relembra longa trajetória de Fernanda Torres no cinema, entre papéis antológicos e parcerias com cineastas consagrados
André Guerra
Publicação: 04/01/2025 03:00
Neste domingo (5) ocorre o 82º Globo de Ouro e o Brasil vai estar forte na torcida por Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz - Filme de Drama por Ainda Estou Aqui (que concorre a Filme de Língua Estrangeira). Saia premiada ou não da cerimônia, a atriz tem uma das carreiras mais diversas da cinematografia brasileira para muito além do estrondoso sucesso do novo longa de Walter Salles. Filha mais nova de Fernanda Montenegro com Fernando Torres e irmã do diretor Cláudio Torres, ela estabeleceu seu talento desde cedo no teatro, na televisão e, principalmente, no cinema.
No começo da adolescência, nos anos 1970, Fernanda fez participações em peças, séries e novelas, mas foi em 1983 com Inocência, de Walter Lima Jr, baseado no livro de Visconde de Taunay, que ela fez sua grande estreia na tela grande no papel da jovem que se apaixona por um médico enquanto está prometida a um fazendeiro rico (Edson Celulari). O longa foi premiado no Festival de Brasília e deflagrou o começo de uma longa filmografia, a qual incluiu, na sequência, a marcante atuação na comédia fantástica A Marvada Carne, de André Klótzel - que lhe rendeu o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado em 1985.
O ano de 1986 foi consagrador na carreira dela, primeiro protagonizando Com Licença, Eu Vou à Luta, de Lui Farias, baseado na autobiografia de sucesso da professora e jornalista Eliane Maciel, e depois tornando-se a primeira brasileira a ganhar o prêmio de interpretação feminina no Festival de Cannes por Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor - apesar de não ter conseguido receber o prêmio na ocasião devido às gravações de Selva de Pedra, experiência central na decisão de parar com novelas. No filme, ela contracena com Thales Pan Chacon no papel de um casal separado que decide fazer um longo jogo da verdade sobre o que viveram juntos.
Em menos de uma década, a atriz já havia trabalhado com vários cineastas canônicos e um deles foi Ruy Guerra, no filme Kuarup, baseado na obra de Antônio Callado, sobre um missionário (Taumaturgo Ferreira) que abandona o sacerdócio e se torna um indigenista que luta contra a ditadura.
Com Walter Rogério em seu longa de estreia como diretor, Fernanda estrelou em 1990 Beijo 2348/72, contracenando com Chiquinho Brandão e Maitê Proença. Em participação redescoberta nas redes sociais, contracenou com Anthony Hopkins (no auge de O Silêncio dos Inocentes), no filme televisivo A Guerra de um Homem, de 1991, com direção do brasileiro Sérgio Toledo e ambientado no regime ditatorial de Alfredo Stroessner em 1976, no Paraguai. A parceria com André Klótzel retomaria em 1993, com Capitalismo Selvagem, no qual Fernanda faz uma jornalista que se apaixona pelo diretor de uma empresa de mineração (José Mayer), relação comprometida pelo retorno da esposa dele (Marisa Orth), dada como morta.
No começo da adolescência, nos anos 1970, Fernanda fez participações em peças, séries e novelas, mas foi em 1983 com Inocência, de Walter Lima Jr, baseado no livro de Visconde de Taunay, que ela fez sua grande estreia na tela grande no papel da jovem que se apaixona por um médico enquanto está prometida a um fazendeiro rico (Edson Celulari). O longa foi premiado no Festival de Brasília e deflagrou o começo de uma longa filmografia, a qual incluiu, na sequência, a marcante atuação na comédia fantástica A Marvada Carne, de André Klótzel - que lhe rendeu o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado em 1985.
O ano de 1986 foi consagrador na carreira dela, primeiro protagonizando Com Licença, Eu Vou à Luta, de Lui Farias, baseado na autobiografia de sucesso da professora e jornalista Eliane Maciel, e depois tornando-se a primeira brasileira a ganhar o prêmio de interpretação feminina no Festival de Cannes por Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor - apesar de não ter conseguido receber o prêmio na ocasião devido às gravações de Selva de Pedra, experiência central na decisão de parar com novelas. No filme, ela contracena com Thales Pan Chacon no papel de um casal separado que decide fazer um longo jogo da verdade sobre o que viveram juntos.
Em menos de uma década, a atriz já havia trabalhado com vários cineastas canônicos e um deles foi Ruy Guerra, no filme Kuarup, baseado na obra de Antônio Callado, sobre um missionário (Taumaturgo Ferreira) que abandona o sacerdócio e se torna um indigenista que luta contra a ditadura.
Com Walter Rogério em seu longa de estreia como diretor, Fernanda estrelou em 1990 Beijo 2348/72, contracenando com Chiquinho Brandão e Maitê Proença. Em participação redescoberta nas redes sociais, contracenou com Anthony Hopkins (no auge de O Silêncio dos Inocentes), no filme televisivo A Guerra de um Homem, de 1991, com direção do brasileiro Sérgio Toledo e ambientado no regime ditatorial de Alfredo Stroessner em 1976, no Paraguai. A parceria com André Klótzel retomaria em 1993, com Capitalismo Selvagem, no qual Fernanda faz uma jornalista que se apaixona pelo diretor de uma empresa de mineração (José Mayer), relação comprometida pelo retorno da esposa dele (Marisa Orth), dada como morta.
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Talento, versatilidade e muitos prêmios