Diva Vera Holtz explora "ficções" da humanidade
Em cartaz no Parque, de sexta a domingo, peça baseada no best-seller de Yuval Noah Harari provoca reflexões sobre desejos e inseguranças na sociedade
Allan Lopes
Publicação: 25/03/2025 03:00
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Atriz divide o palco com o multi-instrumentista italiano Federico Puppi, autor da trilha |
No palco, a atriz assume o papel de narradora de toda a jornada, ao contrário do livro, que tem uma figura masculina à frente. “Alessandra Reis, uma das nossas produtoras, sugeriu que fosse uma mulher a falar sobre os sapiens, pois não faria sentido abordar a humanidade sem trazer a perspectiva de uma ‘sapiens fêmea’”, conta ela, em conversa exclusiva com o Viver.
Quando as cortinas do Parque se abrirem, Ficções chegará à sua 300ª apresentação. O número coroa a proeza de manter em cartaz uma peça que resiste ao tempo e às distâncias continentais do nosso país. “Temos notado um grande número de espectadores que retornam para vê-la novamente. Isso acontece porque ela é instigante, divertida e leve, além de provocar reflexões importantes”, afirma.
O Teatro do Parque, em sua majestade centenária, é o cenário perfeito para a celebração. Vera Holtz guarda com carinho a primeira temporada de Ficções por lá. “Para chegar ao camarim, passávamos por um jardim lindo, o que já cria uma atmosfera especial”, recorda. “Todo esse ambiente se torna parte do processo de preparação antes de subir ao palco, adicionando um encanto a mais à experiência. A preservação do prédio também impressiona, deixando o lugar ainda mais especial”, destaca.
No final do espetáculo, depois dos aplausos com certeza calorosos, ficarão as perguntas que Vera plantará. Não sobre a peça, mas sobre nós mesmos.