Uma flor para recordar
Juliana Silveira sobe ao palco do Teatro Guararapes para cantar as músicas da novela "Floribella", que acaba de completar 20 anos
ROBSON GOMES
Giro Blog
Publicação: 05/04/2025 03:00
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Duas décadas depois, a atriz produz a turnê que relembra as canções da trama da Band |
“Esse show é um tributo aos 20 anos desta personagem que marcou a minha trajetória profissional”, conta Juliana Silveira, em entrevista exclusiva ao Viver. No palco, a eterna intérprete da Maria Flor Miranda – a jovem sonhadora que foi morar na mansão dos Fritzenwalden para se tornar babá dos irmãos pequenos do grande empresário Frederico (Roger Gobeth), e ainda tinha uma banda com os amigos na Travessa dos Beijos – recorda canções dos dois álbuns que traziam a trilha sonora da novela, como os hits Porque, Pobre dos Ricos, Meu Vestido Azul e Te Sinto.
E assim, como a magia daquele conto de fadas dos anos 2000, parece que tudo conspirou para que o show em Pernambuco acontecesse nesta data tão simbólica, apenas um dia depois de Floribella completar duas décadas de história. “Na verdade, era a única disponível no Teatro Guararapes, que eu sei que é um teatro icônico. Eu passei mal, quase desmaiei quando soube que íamos para este local. Falei: ‘Meu Deus, será que vou dar conta? Será que a gente vai lotar?’ Foi uma feliz coincidência, mas acredito que na vida elas existem e nada é por acaso”, ressalta Juliana, que também assina a produção de todo o espetáculo.
Animada para fazer a primeira apresentação da turnê fora do eixo Rio-São Paulo, iniciada em janeiro deste ano, a artista carioca de 45 anos ainda se admira com o impacto que a trama deixou até hoje nos fãs e celebra o fato de perceber que, nem a novela e nem as músicas ficaram ultrapassadas com o tempo: “Elas ainda são bem atuais. Mesmo tirando do contexto da personagem – porque no show, eu não sou a Flor – elas ainda têm a magia de 20 anos atrás, e até mais força. Minha relação com o repertório de Floribella foi mudando ao longo do tempo, e consegui até elaborar significados que na época eu não enxergava, como o fato de Meu Vestido Azul, por exemplo, ser uma música de empoderamento feminino”.
Resgatando o repertório e as coreografias originais criadas por Roberta Cid – atual coreógrafa do Domingão com Huck (Globo) –, que voltou a coreografar este novo espetáculo, Juliana Silveira se dedicou bastante nos ensaios para relembrar os passos e dançar junto a um balé neste novo show. “São tantas aventuras que passamos até o momento de entrar no palco e sentir a grande emoção do encontro com o público. Minha vida virou uma avalanche de sensações desde que comecei a preparar este espetáculo, pois estamos o tempo todo solucionando questões para realizar os sonhos dos fãs, minhas ‘pipoquinhas’ que cresceram. Mas é muito legal quando o show começa e vejo a alegria da plateia. Tem sido inesquecível fazer esses shows”, reflete a artista.
E quais são as surpresas que a eterna Flor preparou para logo mais? Figurinos novos e dinâmicas inéditas com a plateia. “Posso dizer que será uma linda celebração. Não é apenas um show de nostalgia ou sobre voltar no tempo. O que acontece ali, durante uma hora e meia, é que todo mundo, inclusive eu, nos conectamos novamente com essa criança interior. Será o momento de olhar bem dentro do olho dessa criança e dizer: ‘Lembra de tudo que aconteceu? Estamos aqui agora e deu tudo certo. Nós vencemos e conseguimos’”, conta a anfitriã.
Seja com flores amarelas, o coração contente, usando um Bamba da Sorte ou um vestido azul, o público está pronto para, hoje à noite, voltar ao mundo das fadas junto com Juliana Silveira e revisitar estas canções atemporais. “Assim como dizemos em Há Uma Lenda, na vida, precisamos saber viver com tudo que a gente tem direito. Por isso, vou sempre levar essa mensagem de acreditar nos sonhos, ser otimista, vibrar positivamente, e cantar as músicas que você ama, sem vergonha de ser quem você é. Vamos celebrar nossa criança o tempo todo”, convoca a encantada artista. Os ingressos estão esgotados.