Tamarineira em festa
Com o respeitado Juliano Holanda encabeçando a grade, Palco Espiral vai oferecer uma programação repleta de bons shows durante todo este sábado
Pedro Ferrer
Publicação: 03/05/2025 03:00
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A programação, que começa às 9h, também traz artesanato, gastronomia e moda |
Doze horas dedicadas à contemplação da música através de inúmeras linguagens artísticas, manifestações culturais tradicionais, ações de conscientização, atividades de sustentabilidade e em meio a uma área de lazer ao ar livre no coração da Zona Norte do Recife. O festival Palco Espiral ocupa o Parque da Tamarineira neste sábado, a partir das 9h, com uma vasta programação concebida para explorar toda a versatilidade sonora local e universal através de shows, literatura, artes visuais, performances cênicas, palhaçaria e musicoterapia, com nomes conhecidos e debutantes da paisagem fonográfica do estado. E tudo com acesso gratuito para públicos de todas as idades.
A grade junta nomes consolidados da música pernambucana, como o cantor e compositor Juliano Holanda, e bandas regionais, como Tertúlia, da Mata Norte, e promove inclusão cultural com atrações de perfil representativo de minorias socialmente excluídas, como o Trans Coco. As apresentações no palco principal começam às 9h, com o DJ Pré, escalado entre as atrações da manhã e sucedido, à tarde, pela DJ Makeda.
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O primeiro show do dia ocorre às 10h e é do Trans Coco, primeiro grupo LGBTQIA+ de coco de roda do Brasil. Nascido do candomblé Ilê Axé Oxum Opará (Casa da Magia), em Igarassu, em 2020, ele combate artisticamente a transfobia e outras formas de intolerância contra a dignidade humana e ecoa a luta iniciada pela fundadora e líder religiosa Raphaella Ribeiro, após ser vítima de preconceito no meio cultural.
A performance seguinte, às 11h30, é de O Curió, grupo de canto cênico formado a partir do Conservatório Pernambucano de Música, com repertório eclético tanto no estilo (do erudito ao popular e urbano) quanto nas composições (de todas as regiões brasileiras). Depois, é a vez do violinista, compositor e cantor Ítalo Soeiro, que engata uma combinação autoral de músicas criadas sob influência de ícones da sonoridade brasileira, de Caymmi a Dominguinhos.
A programação da tarde avança com show de Cássio Oli, cantor de Igarassu, dono de um repertório formado por releituras pop e contemporâneas de sons típicos de bandas marciais e fanfarras. A cantora e compositora Laís Xavier apresenta, às 16h, Axioma, projeto artístico calcado entre a poesia e a intensidade para envolver o público com reflexões e sensações. O grupo Tertúlia entra em cena na sequência, com composições próprias inspiradas em vivências da cidade natal Goiana.
Depois do cantor, compositor, escritor e artista visual Marcos estrear o projeto Transparentemente, o festival termina com Juliano Holanda, diretor da mostra Reverbo, cantor, compositor e figura prestigiada da cena pernambucana, com trabalhos em trilhas de TV, cinema e parcerias com ícones nacionais da música, como Zélia Duncan.