JOãO ALBERTO 50 ANOS » Sociedade Pernambucana: livro que atravessa o tempo Lançado nos anos 1980, o livro com curadoria de João Alberto e edição da EBGE chega à 37ª edição com comemoração especial

Larissa Lins
larissa.lins@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 03/12/2019 03:00

As memórias de cinco décadas de colunismo social de João Alberto dão o tom da festa de lançamento do livro Sociedade Pernambucana 2020, hoje, no Arcádia Paço Alfândega. Reunindo dados de mais de 4,5 mil colunáveis pernambucanos, a 37ª edição da publicação tem diagramação e capa assinadas pela Ampla Comunicação, com edição da Editora Brasileira de Guias Especiais Ltda (EBGE) e curadoria de João Alberto – que, todos os anos, revisa as informações com o preciosismo de quem organiza a obra pela primeira vez. “Sempre conferi nome por nome. Comecei fazendo o livro junto com o jornalista Augusto Boudoux. A ideia me veio a partir de um livro que descobri na Inglaterra, numa das minhas viagens, e que se chamava Quem é Quem. Começamos imprimindo em outras gráficas,  mas o projeto só se profissionalizou com a EBGE”, lembra João. Na estreia da obra, com Sociedade  o Pernambucana 1982, o jornalista sergipano recebeu o título de Cidadão Recifense, sem desconfiar que, ali, autografando os primeiros exemplares de seu livro, nascia uma tradição.

“A ideia, quando começamos, era transformar minha agenda de fontes em livro. A primeira edição se esgotou rapidamente, assim como todas que produzimos. E a festa de lançamento se transformou no maior evento social de fim de ano do Recife”, avalia o colunista. Para José Ubiracy Silva, à frente da EBGE, a curadoria e a atenção dedicada por João Alberto à revisão do material são fundamentais para a longevidade e o sucesso do Sociedade Pernambucana. “Nada escapa aos olhos dele. João é um perfeccionista. Ele confere os dados de todos os colunáveis”, conta Ubiracy, co-responsável pela publicação há 34 edições. Grande amigo do colunista, viajou com João Alberto a Nova York durante 25 anos, nos dias seguintes às festas de lançamento do livro, para celebrar cada publicação. “A viagem a Nova York se tornou uma tradição nossa. Quando concluímos cada edição, o sentimento é de que aquele trabalho árduo, minucioso, foi extremamente recompensado. É muito trabalhoso conceber o livro, monitorar os telefonemas individuais, o envio de e-mails, a aprovação da capa, a diagramação… levamos seis ou sete meses para confeccionar cada edição. Mas, na festa, a sensação é sempre a de dever cumprido”, revela Ubiracy.

Para João Alberto, a funcionalidade do livro, referência na consulta de fontes para jornalistas e empresas locais, está consolidada no papel. “Não mudamos o formato, não tem como, nem por quê”, avalia João.  “Muita coisa mudou nas últimas décadas no estado e o livro acompanhou estas mudanças. Em função de mudanças sociais, o dinheiro e o prestígio vêm sendo transferidos para personalidades novas. E muitas pessoas, independentemente disso, ganharam projeção social. João procura prestigiar todas elas: as que sempre estiveram no livro e as que foram adicionadas”, comenta Ubiracy. Nas contracapas, há 37 edições, João Alberto enriquece o projeto escrevendo autógrafos personalizados para todos os colunáveis que comparecem ao evento de lançamento. “Ele escreve verdadeiras declarações de amor nos autógrafos. E faz questão que cada um seja único, especial”, completa Ubiracy.
 
Evento especial
 
Sociedade Pernambucana 2020

A festa de lançamento do livro Sociedade Pernambucana deste ano, organizada por Sheila Wanderley, companheira de João, tem decoração assinada por Fabiano Reis, Silvio Medeiros e Maria Odette em comemoração aos 50 anos de colunismo social do autor. Recortes de imagens e frases marcantes da coluna assinada por João Alberto no Diario de Pernambuco compõem o cenário instalado no Arcádia Paço Alfândega, com shows da Banda Santa Clara e do DJ Magal. A 37ª edição reúne 4.553 colunáveis, sendo 115 novos nomes em relação à edição anterior.