Publicação: 08/10/2016 03:00
Mesmo sem entender direito o que se passava no próprio corpo, Eudysângela Souza, 35 anos, precisava explicar em detalhes aos olhares curiosos o que eram aquelas manchas vermelhas. Cada dúvida sangrava mais a ferida da vergonha e aos poucos ela decidiu abandonar a vida social. Evitava sair de casa, ir à missa e até usar o transporte coletivo. Eudysângela tinha ido dormir, um certo dia, e na manhã seguinte acordou com o corpo todo empolado e vermelho. A primeira vez que a psoríase se manifestou foi de forma agressiva, não tanto quanto um dos maiores dramas de quem convive com as doenças autoimunes: o preconceito.
A psoríase acomete 2% da população e pode se apresentar em formas leves e graves. É uma doença multissistêmica, ou seja, afeta várias parte do corpo como pele, articulações e olhos. Ela acontece por uma desregulação do sistema imunológico e tem como predisposição a genética, alcoolismo, uso de medicações, infecções e até estresse emocional. É identificada a partir de uma análise clínica do quadro, no qual são levadas em consideração as áreas acometidas, a vermelhidão, a descamação e a espessura das placas. “O tratamento será escolhido de acordo com isso. As formas mais leves usarão hidratantes e emolientes. As moderadas e graves vão exigir medicamentos de uso oral e injetável”, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Pernambuco (SBD-PE), Mariana de Andrade Lima.
A doença é desfigurante, difícil de esconder. O preconceito surge do medo de contágio e na verdade está baseado na ignorância e falta de informação. Psoríase não se transmite. Difícil é explicar diante dos olhares assustados, conta Eudysângela. “Fui dormir e acordei daquele jeito. Até limpar a pele, eu fiquei me escondendo. As pessoas choravam quando me viam. Ninguém queria sentar perto de mim no ônibus. Entregava mensagens religiosas e ninguém queria pegar.”
A própria Eudysângela, sempre vaidosa, teve que reaprender a gostar de si. Um esforço cujo sucesso passou pelos resultados do tratamento e também pela aceitação da doença. A autoestima voltou com os meses, Eudysângela fez uma cirurgia bariátrica no meio do percurso e retomou o prazer em sair de casa. O sol é uma das melhores formas de combater a doença. Encarar com empoderamento o mundo, de vencer o preconceito.
“As pessoas choravam quando me viam. Ninguém queria sentar perto de mim no ônibus. Entregava mensagens religiosas e ninguém queria pegar”, Eudysângela Souza, que sofre de psoríase. A doença acomete 2% da população e tem formas leves e graves
A psoríase acomete 2% da população e pode se apresentar em formas leves e graves. É uma doença multissistêmica, ou seja, afeta várias parte do corpo como pele, articulações e olhos. Ela acontece por uma desregulação do sistema imunológico e tem como predisposição a genética, alcoolismo, uso de medicações, infecções e até estresse emocional. É identificada a partir de uma análise clínica do quadro, no qual são levadas em consideração as áreas acometidas, a vermelhidão, a descamação e a espessura das placas. “O tratamento será escolhido de acordo com isso. As formas mais leves usarão hidratantes e emolientes. As moderadas e graves vão exigir medicamentos de uso oral e injetável”, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Pernambuco (SBD-PE), Mariana de Andrade Lima.
A doença é desfigurante, difícil de esconder. O preconceito surge do medo de contágio e na verdade está baseado na ignorância e falta de informação. Psoríase não se transmite. Difícil é explicar diante dos olhares assustados, conta Eudysângela. “Fui dormir e acordei daquele jeito. Até limpar a pele, eu fiquei me escondendo. As pessoas choravam quando me viam. Ninguém queria sentar perto de mim no ônibus. Entregava mensagens religiosas e ninguém queria pegar.”
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“As pessoas choravam quando me viam. Ninguém queria sentar perto de mim no ônibus. Entregava mensagens religiosas e ninguém queria pegar”, Eudysângela Souza, que sofre de psoríase. A doença acomete 2% da população e tem formas leves e graves
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