Biópsias ainda pouco utilizadas

Publicação: 28/10/2017 03:00

Segundo o mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia regional do Rio de Janeiro, João Esberard Beltrão, no Brasil ainda existe uma subutilização das biópsias percutâneas e pacientes ainda são submetidas a procedimentos desnecessários. “É necessário maximizar o acesso das pacientes a essa tecnologia”, conclui.

O câncer de mama é o segundo tipo que mais atinge as mulheres em todo o país. Somente em 2016 foram realizados, no Sistema Único de Saúde (SUS), 4,1 milhões de mamografias. “É indispensável realizar a mamografia porque o exame é capaz de diagnosticar tumor ainda com milímetros, enquanto no autoexame a mulher só percebe a partir dos dois ou três centímetros, quando já está mais avançado. Então comprovadamente este exame é um método que diminui a mortalidade entre as mulheres. Dependendo do tempo que está no corpo, a lesão se espalha e os tratamentos afetam a qualidade de vida das pacientes, porque elas duplicam de volume a cada 100 dias. Cerca de 50% a 60% dos tumores tratados já têm de 8 a 10 anos no corpo da mulher”, explica.

Além de manter os exames em dia, é preciso cuidar também da alimentação, observando um estilo de vida saudável praticando exercício físico, evitando excesso de bebidas alcoólicas e o tabagismo. “Nesse mês de Outubro Rosa, muito se fala sobre a prevenção e a realização de exames, mas isso depende de uma série de disponibilidades. Por isso, todos devemos estar em dias com nossas responsabilidades, evitando os hábitos que se tornam fatores de risco para qualquer tipo de câncer”, conclui Beltrão.