Além do espectro autista, há o de déficit de atenção

Publicação: 19/05/2018 09:00

Os hábitos alimentares não são a chave para explicar apenas o transtorno do espectro autista. Especialistas em nutrição funcional, uma subespecialidade da nutrição, explicam que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), a depressão, a bipolaridade e o pânico também poderiam ter como fator de gatilho as toxinas às quais o corpo está exposto. Portanto, além da medicação e do acompanhamento psicológico e psiquiátrico, eles defendem que fazendo uma mudança nos alimentos consumidos a pessoa consegue amenizar os sintomas desses problemas.

Existem pelo menos oito disfunções causadas pelo consumo excessivo ou exposição demasiada a determinadas substâncias e nutrientes que compõem a chamada teia metabólica da nutrição alimentar. Dentre elas, alterações gastrointestinais, estresse oxidativo, a interação corpo-mente, desequilíbrios estruturais e nutricionais. “Os alimentos, com suas substâncias, podem modular e mitigar determinados sintomas. Fazendo a reorganização dos nutrientes ingeridos, é possível fazer uma desintoxicação e reequilibrar o organismo”, explica a nutricionista clínica e funcional Kallina Duarte.

Segundo ela, o ideal é repensar a alimentação para incluir porções balanceadas dos nutrientes e evitar os industrializados. “Quanto maior o tempo de prateleira de um alimento, mais conservantes ele tem”, alerta. Dessa forma, garante, é possível usar as refeições como prevenção para além das doenças crônicas não transmissíveis, também para manter a saúde da mente. Neste sábado haverá uma palestra sobre Alimentação e distúrbios de comportamento, que  será aberta ao público,  a partir das 9h, na Amcham, na Av. Antônio de Góes, 742.