O importante é estimular com imaginação

Publicação: 24/06/2017 03:00

Pular, agachar, rolar no chão, saltar, chutar, pendurar-se. Essas são as atividades fundamentais que devem ser praticadas por crianças em termos de preparação corporal. Para pais que querem treinar o desenvolvimento físico dos filhos por conta própria, o educador físico Carlos Kucera, especializado em ginástica infantil, recomenda brincadeiras temáticas, desafios e jogos em equipe. Vale praticar dentro de casa, no playgroud do prédio, em parques públicos ou na praia. O importante, segundo o especialista, é manter a repetição dos movimentos e colocar a criança em ação pelo menos três vezes por semana.

Para criança de dois a quatro anos, o professor recomenda a tematização da atividade. “Você pode sugerir que ela está na selva e que deve imitar o movimento dos animais, pulando como um sapo, subindo em algo como um macaco. Já na faixa de quatro a seis anos, o desafio de realizar uma tarefa chama mais atenção. Pode ser um pega-pega onde, para não ser pego, você precisa saltar sem parar, ou dançar. E a partir dos seis pode entrar os jogos como queimado, esconde-esconde e futebol, mas sem foco na competição”.

Ele ressalta que é preciso sempre observar o nível de cansaço da criança. “A atividade ideal seria feita todos os dias e durante duas horas porque os pequenos têm muita energia. Porém, como isso é difícil, recomendo três vezes por semana, por uma hora. Se a criança estiver mostrando irritação ou sono em excesso, aí pode diminuir”, reforça. Para os pais que têm limitações físicas, o ideal é chamar um amiguinho da mesma idade do pequeno para acompanhar na hora do “treino”.

Kucera também enfatiza a importância de serem os pais a levarem seus filhos para estes momentos de atividade. “A presença do pai e da mãe consegue ampliar o desenvolvimento dos pilares afetivo e social da ginástica. Reforça a autoconfiança e a segurança da criança”, desenvolvendo então mais dois pilares, o cognitivo e o físico. “Com a internet, o que estamos presenciando são crianças de oito anos que não conseguem fazer bem as atividades fundamentais. Quanto antes os pais reverterem esse quadro, mais equilibrados, concentrados, disciplinados e educados serão os filhos”.