Da tradição às novas formas de consumo

Publicação: 06/05/2017 03:00

 (Peu Ricardo/Esp.DP )

O consumo do café é feito de formas variadas. A bebida vem ganhando características novas, tendo como uma das mudanças mais recentes a criação de “blends”, cafés que misturam mais de um tipo de grão, para a obtenção de novos sabores e texturas, e ainda as cada vez mais difundidas cápsulas de preparo expresso.

“Cabe aos profissionais provarem que nosso preparo é melhor do que a cápsula. Mesmo com o processo de condicionamento a vácuo desse tipo de café, ele não possui o frescor da torra e da moagem na hora”, afirma Alan Cavalcanti, barista (nome dado aos especialistas no preparo do café), responsável pelo Malakoff Café.

Ele conta que os consumidores estão cada vez mais dispostos a explorar o máximo de nuances da bebida, do aroma ao sabor, e isso exige um cuidado maior no preparo. “Ao longo do tempo, passei a entender que a escolha de um grão adequado à preferência pessoal do consumidor traz uma experiência mais proveitosa na degustação”, explica.

Tanto cuidado no preparo acaba diferenciando o café desde a colheita, com uma parte sendo dedicada ao consumo gourmet. “O grão é classificado em: tradicional, superior, gourmet e especial, numa escala crescente de qualidade”, explica.

O café dito tradicional é o encontrado em mercados populares, feito a partir do grão conilon, tendo um maior nível de cafeína e amargura, mas com um custo menor. “O café do supermercado se encontra já moído por vários meses, sendo oxidado e perdendo suas características, como se estivesse envelhecendo”, aponta o barista. Já os demais tipos são feitos com grãos da espécie arábica, com aromas mais suaves e adocicado. O arábica é o preferido dos amantes de café, por ter um processo de colheita mais rigoroso, promovendo uma maior uniformidade e menor incidência de impurezas dos grãos.