Incorporado ao mundo fashion

Aline Ramos
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Publicação: 08/10/2016 03:00

Quem não lembra da personagem Carrie, interpretada pela atriz Sarah Jessica Parker, no longa Sexy and the city 2, com seu turbante colorido e cintilante? A figurinista do seriado norte-americano, Patricia Field, decretou, na época, que este seria um acessório-desejo. Mas, engana-se quem acha que este ornamento consquistou seu espaço há pouco tempo na moda. Na década de 1920, o costureiro francês Paul Poiret fez renascer no mundo fashion o uso dos turbantes. A estilista Coco Chanel também fez uso do enfeite. Ele também foi assimilado pelos figurinos do cinema, fazendo a cabeça de atrizes como Greta Garbo e Elizabeth Taylor. A popularização veio com a eclosão da segunda Guerra Mundial. Nessa época, a grande divulgadora do acessório, no Brasil, foi Carmen Miranda. Nos anos 1960, foi incorporado pelo movimento do orgulho negro, nos Estados Unidos, como sinônimo de afirmação. Cantoras como Nina Simone e Billie Holiday foram mulheres negras que se apropriaram afirmativamente do turbante.

A atriz negra Lupita Nyong’o tem dado força ao acessório no tapete vermelho. Com amarrações diferentes e cores que variam do claro aos mais vibrantes, ela vem mostrando que sabe surpreender os fashionistas de plantão. Atemporal, o turbante tem a versatilidade de ser usado tanto no verão, quanto no inverno, com tecidos lisos, estampados ou até mesmo adornados com cristais e tecidos metálicos como foi apresantado pela Gucci, na semana de moda de Milão em sua coleção Cruise 2017. Aqui no Brasil, a consultora de moda Glória Kalil e as atrizes Bruna Linzmeyer e Thaila Ayala são algumas das personalidades que aderiram ao enfeite.