No lugar certo e na hora exata Versão automática da picape Oroch completa a gama do utilitário leve que tem tudo para vender bem no país

Bruno Vasconcelos
veiculos@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 20/10/2016 03:00

Estilo "quadrado" do Duster caiu bem na picape (Bruno Vasconcelos/DP)
Estilo "quadrado" do Duster caiu bem na picape

Há quem critique a Renault por não produzir no Brasil os mesmo carros que comercializa na França. Aqui, a montadora fabrica sua linha mais “popular”, originária da Dacia, marca romena pertencente ao grupo francês. Se essa é uma estratégia correta ou não, o mercado é que deve avaliar. Mas, o que não dá para questionar é que, em relação aos utilitários leves, a Renault acertou no alvo ao apostar nos modelos nascidos na Romênia. O jipinho Duster e a picape Oroch chegaram no momento correto, quando seus respectivos segmentos pediam por novos produtos.

No caso do Duster, o SUV compacto foi criado para ocupar o lugar de concorrente do Ford Ecosport, que por muitos anos reinou praticamente sem rivais de peso. Com a Oroch, a Renault se antecipou à Fiat e lançou sua picape média/compacta semanas antes de a badalada  Toro sair da linha de montagem de Goiana. Não deu outra: o utilitário da Renault está com boas vendas e deve ampliar ainda mais sua clientela com a nova versão automática que testamos.

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A Oroch Dynamique tem uma boa relação custo/benefício até mesmo na versão sem embreagem. Ela sai da loja por R$ 77.900 e vem bem equipada, com central multimídia, navegador GPS e bancos em couro. Mesmo sendo um utilitário leve, a Oroch tem dirigibilidade de carro de passeio. A suspensão tem acerto voltado para o conforto, mas sem comprometer a segurança nas curvas. Cairia bem uma direção elétrica no lugar da hidráulica para deixar as manobras mais suaves na cidade.

O conjunto mecânico é o ponto forte da picape franco-romena. O motor 2.0 de até 148 cv de potência carrega os 1.346 kg do utilitário sem dificuldades. Testamos há alguns meses a versão Dynamique com câmbio manual e pudemos constatar que o casamento entre o propulsor de dois litros e a caixa mecânica de seis velocidades era perfeito, principalmente na estrada. A força era muito bem distribuída e a Oroch ficou bem econômica com o fôlego extra da sexta marcha.